A apreensão de animais silvestres mortos foi uma das principais ocorrências atendidas pelo Batalhão de Policiamento Ambiental do Amazonas durante o primeiro semestre deste ano. Foram 6 toneladas e 193 kg apreendidos em diferentes cidades e na capital do Estado. Quelônios e peixes também se destacam no balanço de atividades.
A maioria dos animais silvestres é encontrada em feiras já mortos principalmente na capital, conforme o tenente-coronel Flávio Diniz, comandante do Batalhão Ambiental. São botos, pacas, antas, macacos, mutuns e tatus. Segundo ele, a matança é motivada pelo hábito de consumir os animais e consequente comercialização rentável.
“A tartaruga da Amazônia é uma espécie em extinção, um animal que temos bastante preocupação. Para cada mil ovos, uma tartaruga consegue sobreviver”, afirmou Diniz. Ao todo, 596 tartarugas foram resgatadas até julho deste ano.
A estatística do Batalhão Ambiental também destaca a apreensão de 454 quelônios, soltura de 6.430 quelônios e 6.200 alevinos de aruanã. A carne dos botos, explicou o comandante, é utilizada como isca para pescar piracatinga, “um peixe oriundo da Colômbia que se alimenta de carniça e é vendido como filé nas feiras de Manaus”.
Quase 23 mil kg de peixes, 107 kg de carvão e 525 metros cúbicos de madeira também foram apreendidos no período. As apreensões resultam de 1.964 ocorrências atendidas, conforme o relatório de atividades do primeiro semestre.
No entanto, a busca pela proteção da fauna amazônica no Estado enfrenta o desafio do tamanho da região. Juntamente, com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Batalhão Ambiental atende a capital e o interior.
Fonte: G1