O Centro de Recuperação de Animais Selvagens de Santo André (CRASSA), em Portugal, adaptou um espaço onde existe uma linha de água natural, com vegetação e alimentação naturais, para que esses mamíferos aprendam a viver na natureza. No dia 9 de março, o espaço recebeu a primeira lontra, vinda do Centro Abrigo no Zoomarine (Albufeira), onde se encontrava em recuperação desde o primeiro mês de vida. É uma fêmea com dezoito meses e chama-se Eureka.
Nesta nova etapa da sua vida, a Eureka está começando a capturar presas para se alimentar e a criar massa muscular devido ao esforço que tem que fazer diariamente para se alimentar.
Os seus movimentos são monitorados 24 horas por dia, com quatro câmaras de vídeo-vigilância colocadas de forma estratégica, para que seja possível observar o seu comportamento e os seus hábitos alimentares.
Quando devolvido à natureza, o animal irá enviar as coordenadas do local em que se encontra via satélite para que os investigadores possam, durante algum tempo, seguir os seus passos e saber se a sua devolução ao meio natural teve êxito.
O projeto em curso foi idealizado por um grupo de voluntários de Algarve e conta com o apoio de Lorenzo Quaglietta e de António Mira, professor da Universidade de Évora, dos médicos veterinários do Badoca Park, e ainda de Pedro Melo e Dário Cardador, responsáveis pelo CRASSA.
A sua concretização só foi possível com o apoio de mecenas como a CUF – Consultadoria e Serviços, a AICEP Global Parques, a REN – Atlântico, a Petrogal, a Câmara Municipal de Santiago do Cacém, a Administração do Porto de Sines, a MegaLife, a Fitec Pesticidas e Sementes, a Lutz Quiroprática e a Clínica Veterinária da Guia.
Este projeto é também apadrinhado pelo Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade.
Fonte: Barlavento