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COP28

Primeira semana de COP28: avanços, controvérsias e pontos em aberto do xadrez climático mundial da ONU que acontece em Dubai

Apesar da celebrada largada com fundo de “perdas e danos”, reunião climática da ONU tem pelos próximos dias o desafio de entregar compromisso político forte e efetivo de transição energética

7 de dezembro de 2023
Vanessa Oliveira, de Dubai, para Um Só Planeta
12 min. de leitura
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Foto: Ilustração | Freepik

Os sinais vitais da Terra estão falhando e, para evitar a ruína e o incêndio planetário, precisamos de cooperação e vontade política. A mensagem do secretário-geral da ONU a mais de 160 líderes mundiais na abertura da maior e mais importante reunião climática de alto nível, a COP28, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, não poderia ter sido mais clara: “o destino da humanidade está em jogo”, disse António Guterres, urgindo os governos mundiais a acabarem com a dependência mundial dos combustíveis fósseis e a cumprirem as promessas de justiça climática. “Esta é uma doença que só vocês, líderes globais, podem curar”.

As emissões globais de dióxido de carbono (CO2) associadas à queima de combustíveis fósseis, principais vilões do aquecimento global, deverão atingir em 2023 o nível recorde de 36,8 bilhões de toneladas, uma alta de 1,1% em relação a 2022 e 1,4% acima dos níveis pré-pandemia, quando deveriam estar caindo ao menos 8% ao ano, alertou um estudo do Global Carbon Project publicado nesta semana, na esteira de incontáveis outros alertas que os cientistas já têm lançado há tempos. Se mantivermos este ritmo, a humanidade corre o risco de enfrentar — de forma consistente — os impactos de um mundo 1,5˚C mais quente já a partir de 2030.

Estamos falando de secas, enchentes, tempestades, degelos de calotas polares, incêndios florestais, crises hídricas, energéticas e alimentares entre outros fenômenos e ocorrências ligados a extremos climáticos, tornando-se mais comuns no cotidiano das cidades. A ciência é clara, mas a política não tem respondido com ambição e estratégia à altura e no tempo necessário. Essa é uma das missões que – assim se espera – a COP28 cumpra, junto da mobilização de recursos financeiros para ajudar os países menos desenvolvidos e mais vulneráveis em sua jornada de adaptação aos piores efeitos do clima.

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