É isso que a 1ª Cãominhada de Jaraguá do Sul representou para a Ajapra (Associação Jaraguaense Protetora dos Animais), que contabilizou mais de 160 cães inscritos no evento realizado sábado. E a presença não foi apenas dos bichinhos de estimação acompanhados pelos tutores – a Ajapra também levou à Praça Ângelo Piazera seis cachorros que ainda estão em busca de um lar.
“Apesar de nenhuma adoção ser feita de imediato, algumas pessoas demonstraram interesse em adotar e fizeram uma ficha conosco. Agora, vamos visitar as casas para ver se realmente há condições de adoção”, explica a presidente da Ajapra, Sirley Teresinha Rank. Ela afirma que é necessário ver se a casa está adaptada – com a presença de muros, por exemplo – e se a família também tem condições de cuidar do animal.
“No ato, não temos como doar, porque nos preocupamos com a estrutura da família. E se ele voltar para a rua depois, é o dobro do trabalho para nós”, justifica Sirley.
Apesar de as contas ainda não terem sido finalizadas, estima-se que a arrecadação foi próxima dos 1,2 mil reais, que serão revertidos em benefícios como castrações, compra de medicamentos e a manutenção de lares temporários com itens como a alimentação. Além das inscrições, que foram feitas com o pagamento de R$ 2, o dinheiro foi arrecadado com a venda de camisetas e outros produtos doados à associação.
O próximo passo, além da realização de novas Cãominhadas – que devem acontecer anualmente – é intensificar o contato com o poder público. Por enquanto, segundo o veterinário do setor de Zoonoses da Prefeitura, José Edson Rodrigues, o município tem verba apenas para tratar animais sem tutor que sofram algum ferimento.
“Um novo projeto está sendo elaborado, e a partir do ano que vem a castração vai ser incorporada a esse tratamento e à identificação, que é o que fazemos agora”, afirma. A criação de um abrigo de animais continua sendo uma das opções à qual a Ajapra se opõe.
“Um abrigo apenas encorajaria as pessoas a abandonar, já que os animais teriam para onde ir. O que precisamos fazer é conscientizar”, defende Sirley.
Fonte: O Correio do Povo