EnglishEspañolPortuguês

Primeira baleia franca chega ao litoral sul de Santa Catarina

4 de julho de 2011
2 min. de leitura
A-
A+
Ao que tudo indica, a temporada 2011 das baleias francas no litoral sul de Santa Catarina – especialmente na região de Imbituba e Garopaba – está se iniciando. Neste sábado, 2 de julho, um indivíduo adulto foi visto pela comunidade local. Na véspera, pescadores anunciaram a presença de um animal na Praia da Ferrugem, o que não se confirmou. Biólogos do Instituto Baleia Franca (IBF), entretanto, não avistaram os cetáceos nos monitoramentos realizados neste sábado.

De acordo com o Presidente do IBF, Enrique Litman, é possível que nas próximas 48 horas outras baleias apareçam, confirmando a informação da comunidade. Com isso, a temporada 2011 de observação de baleias (whale watching) começa a decolar e a expectativa do Presidente do IBF é repetir o número expressivo de cetáceos presentes em águas catarinenses em 2008, já que costumam voltar para dar à luz três anos depois. De acordo com Litman, em Puerto Madryn (Argentina), a temporada está bem movimentada e começou mais cedo, por conta das frequentes tempestades no sul do continente antártico, o que apressa a navegação das francas.

Enrique Litman/IBF

Área de proteção ambiental da Baleia Franca

Todos os anos, de junho a novembro, as Baleias Francas (Eubalaena australis) visitam o sul do Brasil em busca de águas mais quentes. Até 1973, as baleias enfrentavam a ameaça dos arpões dos pescadores locais, mas foi naquele ano em que a última baleia franca foi morta em costas brasileiras. Hoje, a mesma região onde se praticava a caça abriga a APA – Área de Proteção Ambiental – da Baleia Franca. Criada em setembro de 2000, mediante decreto federal, a APA conta com 130 km de extensão, indo do sul de Florianópolis à Praia do Rincão, no Cabo de Santa Marta.

Trata-se de uma região rica em diversidade de ecossistemas – praias arenosas, costões rochosos, lagoas costeiras, um complexo lagunar, restingas e banhados, além de vastas áreas de Mata Atlântica preservada que são vitais para muitas espécies marinhas e silvestres. Dessa forma, a APA, além de proteger os animais e seu ecossistema, visa também garantir o uso racional dos recursos naturais da região, ordenar a ocupação e uso do solo e das águas, o turismo, atividades de pesquisas e o tráfego de embarcações e aeronaves.

Fonte: Ecoagência

Você viu?

Ir para o topo