Os animais experimentam as sensações com a boca, apreendendo e mordendo tudo o que veem pela frente, principalmente os filhotes. Não é raro o animal lamber, mastigar e engolir aquilo que lhe despertou curiosidade. É exatamente por isso que os tutores de animais devem estar atentos a alguns itens que podem causar intoxicações e alergias. Adubos, produtos utilizados no controle de pragas e até algumas plantas, podem oferecer risco de intoxicação aos animais.
Em primeiro lugar, procure identificar as plantas com potenciais tóxicos e eliminá-las ou colocá-las fora do alcance dos animais. “Plantas extremamente difundidas nos nossos jardins e conhecidas pela grande maioria das pessoas têm potencial tóxico se ingeridas ou tocadas e causam os mais diferentes sintomas, podendo levar o animal a morte”, alerta o médico veterinário Marcelo Quinzani.
Entre elas estão: a azálea, antúrio, bico de papagaio, calandium ou tinhorão, ciclâmen, comigo-ninguém-pode, coroa-de-cristo, costela-de-Adão, cheflera, crisântemo, dracena, espirradeira, filodendro, hera, hortênsia, kalanchoe, lírio, beladona, trombeta de anjo, mandioca brava, orelha de elefante, mamona, copo de leite, espada de São Jorge, avelós, entre outras.
O princípio ativo tóxico destas espécies pode concentrar-se nas folhas, nas flores, frutos e no látex (seiva branca que escorre das plantas quando machucadas) e em alguns casos também nas suas raízes. “Tome cuidado ao podar as plantas que eliminam látex e evite deixar os galhos em local onde o animal tenha acesso”, ensina.
Outro risco está ligado aos adubos, sejam eles orgânicos ou industrializados, conforme explica o especialista. Usada frequentemente nas adubações orgânicas de vasos e jardins, a mistura conhecida como “torta de mamona” é altamente tóxica se ingerida. “Como sempre vem associada à farinha de ossos, torna-se extremamente atraente, principalmente aos cães”, explica.
Os adubos industrializados, não são tão atraentes aos animais como a torta de mamona, pois
geralmente têm cheiro forte que espanta os animais. “Mesmo assim, a ingestão pode acontecer de forma acidental misturada nas plantas ou grama e diluída na água que se acumula nos vasos e em seus pratos”, conta. “Deixe sempre água à vontade para o seu animal, pois, se ele tiver privação de água, pode procurá-la nos jardins e nos vasos ou mesmo comer plantar na procura de água”.
Outros inimigos dos animais são os insetos que os espaços verdes podem atrair. Aranhas, abelhas, sapos, rãs, formigas, algumas lagartas e mesmo cobras e escorpiões são alguns deles. “Pode ocorrer desde uma simples alergia provocada pela picada de abelha até a morte do animal pelo contato com substâncias extremamente tóxicas como as de cobras e escorpiões”, lembra Marcelo. “Por isso, procure manter o seu jardim limpo, evitando que seja abrigo de animais peçonhentos.
Em caso de acidente, os tutores devem buscar identificar o item que causador do problema e procurar o médico veterinário o mais depressa possível. “Procure por itens mastigados, galhos quebrados e outros indícios de que o animal passou pelo local”, ensina.
Com informações de Mais Expressão