As pulgas e carrapatos são verdadeiros pesadelos para quem tem animais domésticos. A dificuldade em retirar os parasitas e ver a agonia que eles trazem aos cães e gatos é uma experiência comumente conhecida pelos tutores.
Por isso, estar em alerta em determinadas épocas do ano é essencial para evitar as consequências dessas pragas. De acordo com a veterinária Gabriela Delfino, as temperaturas mais altas e a umidade elevada da primavera e do verão são as mais propícias para a proliferação de pulgas e carrapatos.
Essas condições favorecem o ciclo de vida dos carrapatos, permitindo que eles se reproduzam mais rapidamente. “Além disso, há uma maior exposição dos animais a áreas externas, como jardins, parques e áreas rurais, o que também contribui para o aumento do risco de infestações nessas estações”, esclarece Delfino.
Como evitar?
Segundo a veterinária Carolina Maria Vianna, professora do Curso de Medicina Veterinária do UniArnaldo Centro Universitário, os carrapatos que enxergamos nos animais correspondem a 5% do total. “Ou seja, 95% da carga parasitária está no ambiente”, adverte a doutora em ciência animal com ênfase em doenças parasitárias dos animais domésticos.
Ou seja: controlar a população de carrapatos no ambiente em que os animais são criados é indispensável.
A profissional indica as melhores formas de evitar que eles se proliferem no ambiente:
- Aplicar produtos carrapaticidas nos animais para impedir que eles tragam os parasitas para casa;
- Inspecionar os animais após voltarem de passeios, principalmente nos locais onde os carrapatos podem se “esconder” (orelhas, dobras do pescoço e região genital, por exemplo);
- Limpar os locais onde os animais dormem e passam a maior parte do dia;
- Aplicar produtos carrapaticidas no chão e paredes, e em ambientes frequentados pelos animais.
O uso regular de antiparasitários nos animais também é eficiente na prevenção. Delfino indica que, após uma orientação veterinária, o tutor pode colocar coleiras, pipetas ou dar comprimidos para o controle dos carrapatos no animal de estimação que estiver sofrendo com os parasitas.
Riscos à saúde
A coceira recorrente não é o único mal que esses parasitas trazem ao animal doméstico. A veterinária Jacqueline Kennusar Tormin, do Centro Veterinário da Visão, explica que as pulgas e carrapatos podem causar desde anemia até a transmissão de doenças graves nos animais domésticos. “A exemplo da erliquiose e a babesiose”, alerta.
A picada não necessariamente irá transmitir essas doenças, mas em casos onde o animal apresenta febre, diminuição do apetite, apatia, perda de peso, sangramento nasal, manchas vermelhas/roxas pelo corpo após a picada, é essencial levá-lo ao médico veterinário o quanto antes.
Com a perda de sangue causada pelos parasitas, a anemia também é risco dessa infestação. “Quando intensas, levam a perda significativa de sangue, especialmente em animais jovens, debilitados ou de pequeno porte“, avisa Delfino.
Fonte: Metrópoles