Um estudo publicado na revista Science questiona um antigo mito que afecta homens e mulheres: o padrão de envelhecimento dos seres humanos é diferente dos outros mamíferos. Em outras palavras, envelhecemos mais lentamente e temos expectativa de vida mais longa.
Exceto na comparação com as tartarugas, era este o padrão habitual. Investigadores compararam o envelhecimento de humanos com o de outros primatas, como chimpanzés e gorilas. No total foram avaliadas sete espécies de primatas selvagens de países como Brasil, Costa Rica e Quênia.
O resultado mais importante mostra que os padrões humanos não são notadamente diferentes, mesmo levando em conta que os primatas selvagens experimentavam fontes de mortalidade das quais o homem pode estar protegido. Os resultados também confirmaram um padrão observado em humanos e no reino animal: em média, as fêmeas vivem mais do que os machos. Mas isso esteve associado ao comportamento sexual da espécie. Machos das espécies monogâmicas tendiam a apresentar taxas de envelhecimento parecidas com as taxas das fêmeas, o que não ocorria com machos das espécies poligâmicas.
Neste caso, envelheciam mais precocemente. A competitividade entre os machos destas espécies desempenhou um papel central na mortalidade precoce desses grupos.
Mulheres preocupadas com infidelidades conjugais vão agora poder argumentar que parceiros fiéis duram mais. Pelo menos entre os macacos.
Fonte: Diário Digital