Um filhote de gato-maracajá (Leopardus wiedii) foi resgatado da faixa da BR-116 na altura de Nova Petrópolis, na Serra do Rio Grande do Sul, por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) por volta das 17h desta quinta-feira (22). Segundo a PRF, o animal, cuja espécie corre risco de extinção, aparentava estar assustado e corria risco de ser atropelado, mas não estava machucado.
O felino foi encaminhado ao zoológico da Universidade de Caxias do Sul (UCS). Lá, será feito um exame no animal para determinar se ele será devolvido ao ambiente natural ou ficará em cativeiro. Caso não volte à mata, o gato-maracajá será levado a local a ser definido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
“Ainda não sabemos se é macho ou fêmea, pois chegou há muito pouco tempo e não fizemos a avaliação para maiores informações. Não deu nem tempo de examiná-lo. Vamos fazer um exame, ver se está em condições físicas e se consegue se alimentar sozinho”, disse ao G1 a bióloga Cláudia Machado, do zoológico da UCS.
Cláudia estima que o animal tenha idade entre um mês e meio e dois meses. “Ele está no tamanho em que eles começam a seguir a mães quando elas se movimentam para caçar”, afirmou.
A bióloga explicou que, apesar do risco de extinção, o gato-maracajá é uma espécie comum na Serra do RS. O zoológico da UCS já tem duas fêmeas, e não poderá abrigar o exemplar encontrado pela polícia. “Não temos mais espaço físico. O recinto não comporta mais um animal”, destacou a especialista.
Segundo a UCS, o gato-maracajá é semelhante à jaguatirica, porém menor e com cauda mais longa. O animal tem hábitos solitários e facilidade em transitar por árvores. Se alimenta de roedores e aves, mas também come frutas e sementes.
Fonte: G1