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Pressão retira da pauta projeto que proíbe carroças nas ruas de Ribeirão Preto (SP)

2 de julho de 2014
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Após polêmica, o trânsito de gado nas ruas de Ribeirão Preto será discutido em audiência pública na Câmara, no próximo mês.

A reunião será realizada pela vereadora Viviane Alexandre (PPS), que é autora do projeto que proíbe o trânsito de veículos de tração animal, condução com carga e até o mesmo trânsito montado no município.

Um grupo de cavaleiros esteve na Câmara, anteontem, protestando contra o projeto, que foi chamado de “insano”.

A matéria, que também endurece as regras para as cavalgadas, estava na pauta da sessão, mas foi retirada para que o assunto seja debatido com a sociedade.

Viviane afirma que não sabia que o projeto entraria na pauta, anteontem, e que já pretendia promover audiência antes da votação.

A vereadora não descarta apresentar um projeto substitutivo, após debater o assunto com a população, mas enfatiza que Ribeirão Preto, com seus cerca de 650 mil habitantes, não pode “estagnar no tempo”.

“Não estamos em 1900, estamos em 2014 com problema gigante de mobilidade urbana. Quem nunca ficou atrás de uma carroça no Centro? Não podemos agir e pensar como se estivéssemos em uma cidade pequena ou como se aqui fosse uma fazenda”, frisou.

O projeto atual também proíbe gado solto ou atado por cordas em terrenos públicos e privados. “Tem a questão de maus-tratos e o risco de acidentes com animais no perímetro urbano”.

Exceções

A matéria só permite o trânsito montado pela Polícia Militar e pelo Exército. No caso das romarias e cavalgadas só seriam autorizadas mediante solicitação de pessoa jurídica organizadora do evento, que pode responder, inclusive, por danos ao patrimônio. Essas não poderiam prejudicar o trânsito e teriam que comprovar estrutura para bem-estar dos animais.

Cavaleiros criticam ‘insanidade’

Os cerca de vinte cavaleiros que estiveram na Câmara, anteontem, classificaram de “insano” o projeto da vereadora Viviane Alexandre (PPS).

Para eles, as proibições provocam um rompimento do vínculo que existe hoje, entre pessoas e cavalos.

“Antigamente os cavalos só eram usados para trabalho, mas atualmente são animais de estimação, geram mercado e movimentam a economia com investimentos elevados”, afirma Ricardo Gripa, que além de cavaleiro tem um programa televisivo especializado.

A estimativa do grupo, que integra comitivas e participa de cavalgadas e romarias, é que hoje existam em Ribeirão mais de 10 mil cavalos para passeio.

“Nada justifica esse projeto. Fora a parte afetiva e os cavalos são usados como recurso terapêutico, em aulas de ecoterapia, por exemplo”, frisou Gripa, emendando que existem maus-tratos em cavalos, como em cães e gatos.

Fonte: A Cidade

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