Em 2020, cerca de 4,5 milhões de hectares do Pantanal foram perdidos após os incêndios na região. Estima-se que 17 milhões de animais morreram naquela ocasião, de acordo com uma pesquisa da Embrapa. E acredita-se, ainda, que na superfície do Pantanal as perdas possam ter sido ainda maiores.
Dois anos depois, no entanto, os analistas do meio ambiente começaram a observar o comportamento dos animais que escaparam do fogo. Para isso, utilizaram câmeras em locais estratégicos, as chamadas “armadilhas fotográficas”. E com as imagens registradas, começaram a perceber que eles retornaram aos locais onde os incêndios ocorreram. Mas mais do que isso, começaram a entender quais são os caminhos, hábitos e saúde dos animais.
“Quando você conhece o local, as estratégias que você vai buscar, os planos que você vai traçar para tentar socorrer, para colocar um plano emergencial diante de catástrofes que podem chegar aqui, que ocorreram (…) Essas queimadas, se você conhece, é muito mais fácil conseguir colocar um plano, traçar as estratégias. E atender emergencialmente esses animais”, diz Neusa Arenhart, coordenadora de fauna e recursos pesqueiros.
Fonte: G1