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CRIME AMBIENTAL

Pregos e palitos espetados: cão encontra armadilha para animais em parque de Lisboa (PT)

3 de setembro de 2022
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Armadilha para animais encontrada em Lisboa. Foto: Reprodução

No Parque do Vale do Silêncio, em Lisboa, foi encontrada uma armadilha para animais com pregos e palitos espetados. A presidente da União de animais apela a que se façam mais queixas escritas à polícia para o assunto poder passar para o Ministério Público.

Em pleno Parque do Vale do Silêncio, nos Olivais, foi encontrada uma armadilha para animais com pregos e palitos espetados. A denúncia foi feita nas redes sociais da organização, que refere que os cães são o alvo mais vulnerável, visto que ficam atraídos, durante os passeios, pelo seu conteúdo que parece incluir pão e uma espécie de “pele ou outro produto de origem animal”.

Ao jornal português Público, a presidente da União de animais diz que não é um fenómeno só de agora. Já têm sido encontradas várias armadilhas semelhantes, sobretudo no Norte do país. Mas também em Lisboa, como se pode observar através desta armadilha nos Olivais. “Foi encontrada por uma pessoa nossa conhecida que adotou um cão”, conta Luísa Barroso, acrescentando que “a senhora estava passeando com sua cadela”, quando ela lhe trouxe parte da armadilha na boca. A sorte foi que “ela não engoliu”.

A armadilha torna-se mais “bárbara” ainda quando se tem em conta que qualquer animal pode ficar atraído por ela, continua, sendo que um animal selvagem não se aproxima apenas por curiosidade: vai “porque tem fome”.

O próprio Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas já manifestou diretamente a sua preocupação junto da União de Animais, segundo Luísa Barroso, tendo entrado em contato a pedir mais informações e a apelar que se façam “queixas à polícia”.

Isto porque é essencial que se façam mais denúncias sempre que se encontre algo deste gênero para a investigação “poder avançar”, sendo particularmente importante que sejam feitas “por escrito”, sublinha a responsável. “A PSP diz que não pode fazer muito, porque as denúncias são feitas verbalmente ou via telefone. Eles precisam de denúncia escrita para levar ao Ministério Público”.

Para evitar assim estas armadilhas “horríveis” e “completamente arcaicas”, a responsável apela a que haja um maior envolvimento da população: deve-se fazer queixas escritas à polícia com o máximo de detalhes possíveis sobre a situação a alertar. E, no final, assinar: “As pessoas não devem ter medo, como [devem ter a consciência de que] estão exercendo sua cidadania”.

 

Fonte: Público

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