Por Raquel Soldera (da Redação)
No Chile, cães e gatos não são mais os preferidos na hora de crianças e adultos escolherem um animal de estimação. O número de animais exóticos nos lares chilenos tem aumentado. Além de estarem na “moda”, o pouco espaço que ocupam é também uma opção a considerar, e com isso, o comércio de animais silvestres como animais de estimação tem crescido bastante. No entanto, estes animais, que variam entre répteis, aves, peixes e roedores, necessitam de cuidados especiais e muito mais dedicação do que cães e gatos.
Essas novas preferências fomentam o tráfico de animais exóticos no país. Milhares de animais entram diariamente no Chile, retirados de seus habitats naturais para serem comercializados nas ruas. Em 2009, houve a apreensão de mais de 400 animais exóticos nos arredores de Arica. Um bote saiu do Peru com 407 animais que seriam vendidos no Chile. Isso abre a questão do ingresso desses animais no país e os ganhos que geram.
O tráfico de animais busca atingir somente um objetivo: obter milhões de dólares com o contrabando das espécies, a maioria das quais é protegida e ameaçada de extinção.
Como o tráfico de animais é difícil de ser detectado nos postos de fronteiras, o Serviço Agrícola e Pecuário chileno deve fazer grandes esforços para impedir a entrada dos animais no país. As sanções para esta prática resultam em multas de até cerca de 6 milhões de dólares e prisão para aqueles que caçam, capturam ou comercializem espécies silvestres protegidas pela Convenção CITES (Convenção Internacional sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Silvestres Ameaçadas de Extinção).
Quando os animais são apreendidos pelo Serviço Agrícola e Pecuário chileno, eles são devolvidos ao país de origem quando possível, ou enviados para centros de recuperação credenciados.
Assim como no Chile, o comércio de animais silvestres em qualquer país, inclusive no Brasil, fomenta o tráfico internacional de animais. Caso você se depare com algum animal silvestre sendo vendido em estradas ou feiras, denuncie.
Com informações de PrensAnimalista