A Prefeitura de São Paulo barrou ações de uma ONG que oferece atendimento para pessoas em situação de rua e seus animais por “não atender ao interesse público”.
A ONG Moradores de Rua e Seus Cães (MRSC) distribui doações para as pessoas e oferece atendimento veterinário aos animais, com vacinas, castrações e distribuição de ração.
Segundo Edu Leporo, responsável pela ONG, eles já realizaram mais de 4 mil castrações gratuitamente nos últimos anos.
“A nossa ação não é só levar ração; é saúde e bem-estar animal. Contemplamos animaizinhos de rua com vacinas contra a raiva, banhos e ração, além de lanches e café para os tutores. Temos um espaço kids, onde as crianças também são atendidas. Não há bagunça. Todos são recebidos com carinho e respeito ao longo dos nossos nove anos de trabalho. A Prefeitura conhece o nosso trabalho e sabe como ele é”, afirmou Edu.
A ONG teve três eventos barrados, que seriam realizados na Praça Dom José Gaspar, na altura da Rua Dr. Bráulio Gomes. O primeiro deles, em dezembro, e o último, no dia 6 de março.
Segundo o responsável pela ONG, a autorização é necessária devido aos equipamentos utilizados durante a ação.
“Eles alegam que não atendemos ao interesse público. Esse é o grande impedimento, sendo que realizamos uma ação social para pessoas em situação de vulnerabilidade. Eu preciso dessa autorização porque levamos uma tenda, um carro de banho, um veículo para a distribuição de hambúrguer e um gerador de energia. Até o momento, ninguém da Prefeitura nos chamou para conversar”, afirmou.
Em nota, a Subprefeitura da Sé informou que o evento mencionado “não foi autorizado em razão da falta de apresentação de documentação obrigatória por parte dos organizadores e da ausência de um local adequado para a realização da ação”.
A gestão municipal concluiu que “a iniciativa não atendia ao interesse público”.
O que diz a Prefeitura
“A Subprefeitura Sé informa que o evento mencionado não foi autorizado em razão da falta de apresentação de documentação obrigatória por parte dos organizadores e de um local adequado para realização da ação. Diante disso, a administração municipal concluiu que a iniciativa não atendia ao interesse público. Importante ressaltar que a mesma organização social já realizou encontros semelhantes na região central da cidade autorizados pela subprefeitura, que segue aberta ao diálogo com os representantes para viabilizar eventos que estejam de acordo com a legislação e o regramento da cidade.”
Fonte: G1