A Prefeitura de Caruaru, em PE, realiza esta semana uma ação de captura de animais de pequeno, médio e grande porte, soltos pelas ruas em cinco bairros da cidade.
Os animais de pequeno porte, quando apreendidos, são encaminhados para o Departamento de Vetores, onde ficam aguardando os seus tutores por cinco dias. Caso não sejam resgastados, eles ficam à espera de adoção por tempo indeterminado.
No entanto, os animais de médio e grande porte não são tratados com o mesmo respeito. Violando o direito à vida desses seres, a Prefeitura determinou que esses animais sejam levados para o Curral do Gado e simplesmente descartados, caso alguém não reclame por eles: são encaminhados para o abate, caso seus tutores não compareçam para resgatá-los dentro do prazo de cinco dias da apreensão.
Gilberto de Dora, diretor do Departamento de Controle de Vetores e Vigilância Animal de Caruaru, ainda declara: “Se os animais forem reincidentes ou estiverem doentes, serão sacrificados”, afirmou.
Com informações do JC Online
Nota da Redação: Será que a prefeitura condenaria à morte seres humanos encontrados vagando em situação de miséria e abandono pelas ruas? Certamente que não. Então por que fazer isso com os animais, que são também sujeitos de direitos, como nós, humanos? Essa medida é inconstitucional e caracteriza crime de maus-tratos. O direito à vida é um direito inerente a todos os animais, sejam de médio, pequeno ou grande porte. Sejam humanos ou não humanos. A ANDA condena esta medida absurda, injusta, covarde e cruel. O destino dado a esses animais deve ser o melhor possível, preservando-lhes os seus direitos fundamentais à vida e à liberdade. Em vez de simplesmente descartar vidas, as autoridades deveriam cumprir com seu dever e elaborar políticas públicas pacíficas e éticas para conter a população de animais abandonados pelas ruas.