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CRUELDADE

Prefeito de Gavião (BA) autoriza matança de cães em situação de rua

12 de abril de 2025
Redação ANDA
3 min. de leitura
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Foto: Ilustração | Freepik

O prefeito da cidade de Gavião, no interior da Bahia, Laurindo Nazário (PSD), causou indignação ao afirmar em público, aos berros e tomado por ódio, que vai “matar os cães da cidade”.

O tom violento do discurso, registrado em vídeo, mostra o despreparo para atuar na função pública que ocupa e o total desprezo pela legislação brasileira, pelos direitos animais e por políticas públicas éticas de controle populacional.


A fala do prefeito não menciona castração, campanhas educativas, vacinação ou qualquer ação que demonstre responsabilidade com a gestão da causa animal. Sua única “solução” é o extermínio — medida que, além de ineficaz, é absolutamente ilegal.

A Lei Federal nº 13.426/2017 determina que o controle populacional de cães e gatos deve ser feito por meio de métodos éticos, como a esterilização cirúrgica. A eutanásia só é permitida em casos de doenças graves e sem possibilidade de tratamento, mediante laudo veterinário.

A declaração de Laurindo Nazário pode configurar crime de maus-tratos, previsto na Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998), agravado quando cometido contra cães e gatos.

O Ministério Público da Bahia e as autoridades competentes precisam agir com urgência para impedir qualquer ação violenta por parte da gestão municipal.

É inconcebível que, em pleno 2025, um gestor público trate vidas animais como descartáveis e adote uma postura tão truculenta e ilegal.

O país tem avançado, ainda que lentamente, na construção de uma cultura de respeito e proteção aos animais. Atitudes como essa representam um retrocesso brutal e não podem passar impunes.

A sociedade, as ONGs, os protetores e a imprensa têm o dever de denunciar e cobrar providências. A vida dos cães da pequena cidade de Gavião que tem cerca de 4,4 mil habitantes, não pode ficar à mercê do ódio de ninguém. Eles têm direitos — e nós, o dever de defendê-los.

O poder público não pode ser instrumento de crueldade — e sim de proteção, justiça e respeito à vida.

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