O que parecia ser apenas mais um passeio de caiaque tornou-se um dia inesquecível. Duas estudantes de Ciências Ambientais, Inna Gleig e Ava Haddad, se depararam com uma emergência.
Enquanto desciam o rio tranquilamente, uma égua em desespero avançava contra a correnteza, relinchando desesperadamente.
Seu filhote havia caído no rio e lutava para não se afogar, preso sob a ponte, encurralado pela estrutura de concreto e pelas águas geladas.

Sem pensar duas vezes, Inna mergulhou no rio Kananaskis, em Alberta, Canadá. Com experiência de ter sido salva-vidas, ela alcançou o pequeno cavalo, que, em vez de resistir, entregou-se. Era como se soubesse, instintivamente, que aquelas mãos humanas estavam ali por ele. Ava, por sua vez, conduziu o caiaque com firmeza, ajudando a impulsionar o resgate em um esforço coordenado e silencioso, onde cada segundo podia ser decisivo.

Conseguiram, por fim, levar o potro à margem. Mas a história estava longe do fim.

Em vez de resistir, o pequeno cavalo apenas confiou. Permaneceu calmo nos braços de sua salvadora, como se soubesse que aquelas mãos estavam ali por ele.

Após muito esforço, conseguiram levá-lo até a margem. Mas a tranquilidade ainda estava distante: a mãe, assustada, havia desaparecido. A cada tentativa de afastamento, o potro voltava para a água, num claro gesto de medo e solidão.
Diante da angústia do potrinho, Inna e Ava tomaram uma decisão improvável e necessária: colocaram o potro de cerca de 40 quilos dentro do caiaque, improvisaram um colete salva-vidas ao redor de seu corpo e seguiram com ele a bordo. Nos braços de Inna, o filhote adormeceu, exausto. Um breve descanso após o trauma.

Após cerca de 20 minutos de travessia, encontraram um morador local que reconheceu o cavalinho e sabia quem era seu tutor. O potro foi colocado na caminhonete do homem e levado em segurança. No fim do dia, a notícia que coroou a ação das duas jovens: o filhote foi finalmente reunido com sua mãe.