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Portugal realiza eventos de tortura aos animais durante feriado religioso

2 de junho de 2010
2 min. de leitura
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Por Amanda Grimm   (da Redação)

Na véspera do feriado de  Corpus Christi, chamado de Feriado de Corpo de Deus pelos lusitanos, Portugal sediará mais dois eventos de tortura e crueldade contra animais. A vítima, mais uma vez, é um touro.

Entre os dias 2 e 5 de junho, os portugueses participarão do 22º Festival em honra ao cavalo Puro Sangue Lusitano, motivo de orgulho nacional. O evento, que será realizado no Hipódromo Manuel Possolo, em Cascais, trará várias programações, entre elas, a famosa corrida de touros – que deveria ser motivo de vergonha nacional.

Para dar continuidade à tortura, hoje, quarta-feira (2), véspera de feriado, um touro andará pelas ruas de Ponte de Lima, enfrentando uma verdadeira via-crucis: será preso por cordas, esperando ser molestado pelos transeuntes mais “corajosos”. A tortura trata-se de uma tradição que começou em 1646 e é repetida todos os anos no dia que antecede o feriado.

Foto: Reprodução/pontedelima.net
Foto: Reprodução/pontedelima.net

Durante todo o ato de crueldade, chamado de Vaca das Cordas,  o touro, controlado por mais de dez pessoas e preso por duas cordas, é conduzido até a Igreja Matriz e preso à janela de ferro da Torre dos Sinos, onde recebe um banho de vinho tinto na região do “lombo abaixo, para retemperar forças”, como prega a cruel tradição.

Depois de toda essa humilhação, o animal é obrigado a dar três voltas na igreja, enquanto é enfrentado pela população, sofrendo todo tipo de maus-tratos. Após isso, o touro é levado para o areal da vila, onde começa mais uma sessão de tortura para ele e outros animais, a tourada ao ar livre.

Ao anoitecer, o animal é recolhido, sendo posteriormente abatido num matadouro para a carne ser comercializada num talho de Ponte de Lima.

Triste ver que um feriado de celebração cristã, que deveria pregar o amor ao próximo, seja de qualquer espécie, sirva de motivo para incitar a violência e tortura, sacrificando os seres mais vulneráveis, que não têm a menor possibilidade de defesa.

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