Cães e gatos não transmitem coronavírus. No entanto, doentes podem contaminar o pelo de animais domésticos e, se uma pessoa saudável acariciá-los em seguida, pode se contagiar do mesmo modo que ocorreria ao tocar corrimões de escadas
Antes de tudo, para se evitar abandono e maus-tratos a animais, é preciso esclarecer que cães e gatos só podem contrair o coronavírus nas versões canina e felina, que não são transmissíveis para aos humanos. Isso é o que atestam veterinários e a própria OMS – Organização Mundial de Saúde.
No entanto, a Word Small Animal Veterinary Association (WSAMA) recomenda que as pessoas infectadas evitem contato direto com seus próprios animais para que eles não se contaminem de forma superficial, ou seja, embora não peguem nem transmitam a doença, podem carregar o vírus por algum tempo em seus pelos da mesma forma que talheres, copos, corrimão de escada e todo tipo de coisa que os doentes toquem.
Claro que ninguém que esteja doente precisa se desfazer de seus animais, mas é bom evitar beijos e abraços caso esses animais também convivam com outras pessoas. Até mesmo uma pessoa que more sozinha com seus animais pode, por precaução, acariciá-los de luva ou somente depois de usar álcool gel nas mãos.
Aliás, o amor “cura”.
O suporte emocional que os animais passam aos seus tutores é também muito importante. A musa fitness Gabriela Pugliesi, por exemplo, contraiu o COVID-19 e postou foto em sua rede social comentando o quanto tem sido fundamental a companhia de seu cachorro nesse momento de isolamento. Leia mais AQUI
Na verdade, qualquer animal ou objeto (como as barras de ônibus) tocado por um infectado se tornará um transmissor indireto.
É muito importante ter essas informações bem esclarecidas para evitar o que aconteceu na China recentemente com cães e gatos sendo abandonados na rua e brutalmente mortos em diversas cidades. Em SP também já houve uma caso de preconceito contra animais por causa do COVID-19. Veja AQUI
Cão de Hong Kong não está com coronavírus
Recentemente muitas pessoas se apavoraram com a notícia de um cão levado à quarentena em Hong Kong por suspeita de ter “vestígios” do coronavírus COVID-19. No entanto, embora a tutora do animal esteja infectada, os testes mais complexos deram negativo para o cachorro. O governo de Hong Kong fez questão de divulgar o resultado no dia 12 de março para diminuir o medo da possibilidade de transmissão humano-animal.
Segundo a agência Reuters, “o cão havia testado repetidamente “positivo fraco” desde o final de fevereiro, com baixos níveis do vírus encontrado em suas cavidades nasais e orais. Novos testes foram então solicitados para confirmar se havia sido infectado ou se as amostras eram devido a contaminação ambiental, já que o cão naturalmente tem contato físico com seu tutor, inclusive, pode lambê-lo. Especialistas em saúde animal que examinam o caso de Hong Kong disseram que os tutores não devem se preocupar e nem abandonar seus animais”.
O que é coronavírus canino e felino?
A veterinária Karla Bruning de Oliveira, da Esalpet, esclarece que cães e gatos podem contrair o coronavírus “apenas” em suas configurações caninas e felinas, que não são transmitidas para os humanos.
“A coronavirose é uma doença comum em cães e gatos. Nos cães, a forma mais registrada é a gastroentérica, transmitida por meio do contato com fezes contaminadas. Nos gatos, a coronavirose é causadora da peritonite infecciosa felina, uma doença grave também transmitida pelo contato com as fezes”, explica a veterinária. Leia a explicação na íntegra AQUI
Nesse momento, o mais importante é disseminar a verdade: cães e gatos não transmitem coronavírus. Qualquer pessoa que pregue o contrário está incentivando preconceito e ódio contra os animais, abandono e maus-tratos, além de desmotivar a adoção que já anda bastante prejudicada por causa de medos infundados. Arme-se com a verdade e espalhe!
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