Horton e Henry são dois porcos que tiveram suas vidas salvas após a fazenda que os explorava para consumo decretar falência. Melhores amigos, eles foram levados para uma ONG.
No início, a dupla estava bastante assustada e fugia ao perceber a aproximação humana – um resultado dos traumas que acumularam enquanto viviam na fazenda. Eles também estavam bastante debilitados. Desnutridos, anêmicos e cheios de parasitas pelo corpo, os porcos foram resgatados em condição degradante após passarem dias sem comer.
“Eles estavam morrendo de medo de nós quando chegamos”, disse Ellie Laks, fundadora da ONG The Gentle Barn. O processo de aproximação, segundo ela, “levou semanas”.
Aos poucos, a dupla se recuperou física e emocionalmente. No entanto, um ano depois Horton passou a ter dificuldades para andar. Criado para crescer rapidamente e ganhar bastante peso para ser morto para consumo, o porco não tinha estrutura corporal para suportar o próprio peso.
“Os dois cresceram muito, muito rapidamente”, disse Laks. “Mas o tamanho de Horton, juntamente com sua má conformação, se transformou em problemas de mobilidade”, explicou.
Submetido a uma cirurgia, o porco agora se recupera e conta com o apoio de seu fiel companheiro. Inseparável, Henry está sempre por perto e leva diariamente comida para Horton.
“Quando trouxemos feno para eles comerem na hora do almoço, Henry pegou um bocado e o levou direto ao celeiro para Horton”, disse Laks. “Ele tem feito isso há dias”, acrescentou. O porquinho doente, por sua vez, demonstra sua gratidão. “Ele agradece Henry da maneira que pode – grunhindo”, contou.
Laks explicou que porcos são altamente emocionais e criam laços fortes entre si e também com humanos. “Os porcos têm uma linguagem altamente desenvolvida. Eles estão sempre se comunicando através de seus diferentes bufos ou grunhidos. Henry também ama especialmente as pessoas. Ele está sempre pronto para uma massagem na barriga e alguns vegetais”, concluiu.