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MAUS-TRATOS

Porca é salva após ser amarada na entrada do Maracanã por torcedores

29 de novembro de 2021
Vanessa Santos | Redação ANDA
4 min. de leitura
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Foto: Reprodução | Instagram

A maldade e o egoísmo humano se exprimem de várias formas e essa certamente é uma delas. Em mais um caso de maus-tratos a animais, um homem comprou um porco e o amarrou próximo à estátua do Bellini, no Maracanã, Rio de Janeiro, deixando o animal sob fortes temperaturas, sem água e sem comida.

O episódio aconteceu na sexta-feira (26), durante o jogo entre Palmeiras e Flamengo, e segundo testemunhas, o animal teria um responsável, que o comprou e pretendia assá-lo no dia seguinte, durante a final da Copa Conmebol. A situação chamou a atenção do ativista João Valois, que passava pelo local e tentou resgatar o animal. “Nós tivemos que comprar o porco, visto que é permitido pela lei e que foi a maneira que encontramos de salvar ele,” contou João em entrevista para a ESPN.

A covardia tem ligação com o adversário do Flamengo, o Palmeiras, que tem um porco como mascote. Valois, usou uma postagem no seu Instagram para chamar outros ativistas para ir ajudá-lo no resgate do animal. Voluntários do abrigo Toca do Bicho foram ao local para libertar a porca, mas o resgate só foi concluído quando, Noêmia Gouvea, integrante do projeto, desembolsou R$ 250 para recolher o filhote.

A porca foi encaminhada temporariamente para casa do voluntário Mario Rangel, de 23 anos, morador do Riachuelo. No dia seguinte, ela seguiu para um santuário que cuida de animais vítimas de crueldade e negligência.

A Polícia Civil não pôde intervir, pois os fatos se deram dentro da lei, mesmo as circunstâncias apresentando maus-tratos ao porquinho.

“Quanto à polícia, não tem uma lei para isso, e o porco tinha um tutor, é vendido legalmente. Mas se tivesse sido um flagrante dele sendo morto, aí sim. A gente comprou o porco dessa vez, mas não sabe se ele vai comprar outro de novo para substituir esse, entende?”, relatou João.

O Decreto-Lei n.º 28/84, de 20 de janeiro, aponta que é proibido o assassinato de animais fora dos estabelecimentos aprovados pela Vigilância Sanitária para o feito, e que se os mesmos se destinarem ao consumo público, é prática de crime contra a saúde pública.

Foto: Reprodução | Pixabay

Amanda Dailha, que presenciou toda a ação, é vegana e se emocionou com a situação do porco. Em uma rede social, ela relatou toda a saga para resgatar o animal. “O responsável por ele era um ambulante que estava muito nervoso e agressivo”, conta Amanda.

Agora a porquinha está no Santuário das Fadas, que é uma entidade que resgata e acolhe, principalmente animais de fazenda vítimas de maus tratos e abuso. No local, além de tratar o físico também é tratado o emocional desses animais e a confiança deles nos seres humanos.

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