Uma porca que tentou buscar abrigo na Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro foi perseguida, contida à força e amarrada por funcionários antes de ser levada ao Centro de Zoonoses de Santa Cruz. O caso, que aconteceu na tarde de ontem (17/06), expõe a falta de preparo e empatia no trato com animais em situação de vulnerabilidade.
Após ser impedida de entrar no templo, a porca, que foi apelidada de “Bolt” em referência ao velocista Usain Bolt, correu assustada pelas ruas do Centro até ser encurralada na Praça da Cruz Vermelha. Em vez de adotarem métodos humanitários para acalmar o animal, vídeo mostra ela sendo dominada com força excessiva.
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O Secretário de Defesa e Proteção dos Animais do Rio de Janeiro, Luiz Ramos Filho responsabilizou tutores pela “guarda irresponsável”. “A gente faz um apelo a todos os tutores desses animais para ter guarda responsável. Se ela fosse atropelada, ela poderia estar sofrendo e fazendo com que as pessoas também sofram. Então, as pessoas precisam ter responsabilidade com relação à guarda responsável desses animais”, disse ele.
Se a prefeitura realmente se preocupa com o bem-estar dos animais, por que não investe em equipes treinadas para resgates sem uso de força bruta? Por que não há políticas eficazes de controle populacional e abrigos adequados, em vez de depender de centros de zoonoses, muitas vezes superlotados?
Este caso não é apenas sobre uma porca que entrou em uma igreja, é sobre como a sociedade ainda enxerga os animais como inconvenientes a serem removidos, e não como seres sencientes que merecem compaixão e proteção. Enquanto autoridades continuarem tratando animais com repressão em vez de cuidado, histórias como a de “Bolt” seguirão se repetindo.
