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SAÚDE

Por que alguns cachorros adoecem logo depois de chegar na praia?

21 de novembro de 2024
5 min. de leitura
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Foto: Ilustração | Freepik

Mal se elevou a temperatura e já tem tutor observando o mal-estar intestinal em seus animais domésticos, em especial os cães, que têm a mania de farejar — e até comer — tudo o que encontram pela frente. Coincidência ou realidade? Por que para alguns cães é só começar a frequentar a praia para ficarem tristes, abatidos e na sequência apresentarem sintomas como diarreia?

Saiba que isso é mais comum do que se imagina e se pararmos para pensar, as pessoas também se mostram pouco à vontade quando o assunto é trocar os ares e até a alimentação. O que acontece com alguns cães é que realmente colocam o nariz onde não são chamado e, não raro, microrganismos invadem a mucosa nasal e até mesmo a intestinal quando são deglutidos.

O passar dos anos faz com que você compreenda a sensibilidade de seu pet e assim pode se programar para fazer uma adaptação mais tranquila ou ficar longe daquilo que parece nocautear o seu mascote. Conheça algumas das causas responsáveis pelo mal-estar em cães que começam a veranear.

Fator número 1 de mal-estar na praia, animais peludos de focinho achatado tendem a sofrer — e muito — quando o assunto é alta temperatura. Procure deixar o seu animal com pelo mais baixo e permita a ele escolher na casa ou no apartamento qual a área mais fresquinha para ficar. Favoreça um cantinho bem ventilado e com água sempre fresquinha para ele se ambientar melhor.

Alimentação

O vilão número 2 do mal-estar na praia se refere a problemas intestinais e a versão mais rápida é a troca de alimentação. Ainda que você leve o mesmo saco de ração, petiscos desconhecidos podem ser fonte de dores estomacais e até aquele restinho de comida roubada da mesa pode fazer com que o seu cachorro fique com cara de poucos amigos nos dias seguintes. Evite dar alimentos desconhecidos ao seu animal e avise os amigos e as visitas que um agradinho pode trazer aborrecimentos a todos.

Alergias

A vilã de número 3 não raro traz uma dor de cabeça danada tanto para tutores quanto para os veterinários pois a pergunta quase sempre é a mesma e a resposta nem sempre é fácil de ser encontrada: alergia a quê? E lá vão os tutores escrever nas folhas de um caderninho toda a rotina do cão na praia para descobrir o porquê da diarreia ou da coceira.

Algumas vezes, a charada é fácil de ser descoberta. Há casos em que basta um pedacinho de pão para entortar a flora intestinal do animal. Outros mordiscam o pé de manjericão e amanhecem com os olhos inchados, mas na maioria das vezes, descobrir o que causa diarreia, coceiras e inchaços nos pets exigirá muito tempo, paciência e tratamento sintomático.

Plantas ornamentais

Já falamos aqui alguns exemplos de plantas que podem ser tóxicas para animais domésticos. Isso não isenta outras espécies de interferir negativamente na saúde de seu animal. Verifique quais são as plantas a que seu animal tem acesso e se ele adoece dias depois de morder ou ficar perto delas.

Areia

A areia da praia por si só pode ser fonte de alergia para alguns cães que já saem da beira do mar se coçando. Mas atenção, a água salgada também pode contribuir com a sessão coça coça do final de tarde. Ainda que o seu animal não se mostre alérgico à presença de grãos de areia, saiba que ovos de parasitas intestinais também são encontrados na beira da praia e, uma vez deglutidos, podem em alguns dias causar prostração, diarreia e emagrecimento no mascote. Esses ovos também podem estar presentes nas areias de parques destinados ao uso de crianças.

Ectoparasitas

Tem lugar na praia que está simplesmente infestado de pulgas famintas esperando o primeiro animal de sangue quente para se alimentar. Verifique se não é o caso de sua moradia antes de levar o animal para este local. Os passeios pelas ruas também levam o seu cachorro para outros lugares que podem estar contaminados e o uso de um bom agente pulicida e carrapaticida ajuda bastante a evitar problemas.

Lugar estranho e ausência de rotina

Enquanto tem cachorro que é só ouvir a palavra “praia” para abanar o rabo e ficar feliz, saiba que existem aqueles que se entristecem com a rotina no novo local. Seja pela falta de ambiência ou pela ausência de pessoas queridas pelo animal, alguns realmente podem se enfiar debaixo do sofá e demorar dias para sair de lá.

Quando me preocupar?

Não existe uma regra quando o assunto é animal na praia. A volta do tutor à cidade de origem nas segundas-feiras pode deixar um cachorro sem apetite e ressentido, cabe à pessoa conhecer os sentimentos de seu mascote para saber se é algo passageiro ou não. Ainda que ele adore essa função de praia, pode ser que depois de alguns dias, ele sinta os efeitos de alguma situação que acabe com o bom humor dele a ponto de deixar os tutores preocupados.

Vale lembrar que na praia tudo é possível e isso inclui até mesmo engolir chupetas caídas pela casa. Considerando tudo o que pode acontecer, o excesso de zelo pode salvar uma vida e quando estamos fora de nossa rotina, o melhor a fazer é ganhar tempo e excluir, com a ajuda de um profissional, diagnósticos mais sombrios. Um mal-estar em que o pet não se alimenta nem toma água deve ser investigado em até dois dias, em razão da desidratação que a alta temperatura pode promover.

Diarreias repentinas e volumosas podem indicar intoxicação alimentar e, pelo mesmo motivo — desidratação —, não devem ser negligenciadas ainda que pareçam algo simples de se resolver. A dica na praia é essa: corpo quente, falta de apetite acompanhada ou não de diarreia sempre é uma situação a ser melhor monitorada.

Rumo ao litoral, não esqueça o número de telefone do veterinário do seu animal. Na dúvida, é ele quem pode te ajudar com mais esclarecimento.

Fonte: GZH

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