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HOLOCAUSTO

Por causa da caça, metade das espécies de tartaruga do mundo está à beira da extinção

12 de novembro de 2022
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Foto: Ilustração | Freepik

Das quase 300 espécies vivas de tartarugas no mundo, um pouco mais da metade está ameaçada de extinção, em razão da caça para atender à crescente demanda no mercado de animais domésticos. O dado foi levantado na Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Selvagens (Cites), que reúne 184 nações no Panamá e que começou na sexta (11) e segue até 25 de novembro.

Visando combater a perda de biodiversidade marinha, a conferência global está propondo limitar ou proibir o comércio comercial de mais de 20 espécies de tartarugas de lama, além de outras 10 medidas para aumentar a proteção das tartarugas de água doce, que são alguns dos animais mais traficados em todo o mundo. O comércio acontece por vários motivos: consumidores que os querem como animais de estimação, criação comercial, consumo como alimento, produção de medicamentos e pela popularidade de suas conchas coloridas.

Segundo Matthew Strickler, do Departamento do Interior dos EUA, a caça estava antes concentrada no sudeste da Ásia, mas depois que muitas espécies diminuíram, a atividade cresceu na África e agora está migrando para as Américas. Um das causas do aumento da atividade também é a venda de tartarugas no mercado negro nos EUA, Europa e Ásia.

Uma análise dos dados do Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos EUA mostra que o comércio de exportação comercial de tartarugas de lama nos EUA aumentou de 1.844 para 40.000 entre 1999 e 2017. Para tartarugas almiscaradas, aumentou de 8.254 para mais de 281.000, em período semelhante.

“Está ficando implacável vermos milhares de tartarugas deixando os Estados Unidos anualmente. As populações de tartarugas não podem sofrer esse tipo de golpe com tanta remoção na natureza”, disse Lou Perrotti do Roger Williams Park Zoo em Providence, ao The Guardian.

Outro motivo de preocupação de ambientalistas é o gênero das tartarugas. Muitos traficantes têm como alvo as fêmeas, o que se torna um problema devido à baixa taxa de reprodução. Além disso, muitas espécies levam uma década ou mais antes de crescerem o suficiente para serem capazes de se reproduzir.

Dave Collins, diretor de conservação de tartarugas norte-americanas da Turtle Survival Alliance, disse à Associated Press que isso pode causar um “declínio em espiral” de tartarugas que pode ser irreversível.

Fonte: Um Só Planeta

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