Por David Arioch
De acordo com informações do Programa Tatu-Bola, criado pela Associação Caatinga, a população de tau-bola já caiu pela metade no Brasil em decorrência do desmatamento, degradação ambiental e caça. Na última avaliação do Livro Vermelho da Fauna Brasileira, o animal foi reclassificado de “vulnerável” para “em perigo”.
Originário principalmente da Caatinga e do Cerrado, o tatu-bola começou a sofrer redução populacional há 27 anos. Inclusive isso explica porque o animal já não é visto com tanta frequência como na década de 1990. Hoje a espécie se limita mais às unidades de conservação e remanescentes naturais.
Para impedir que o animal com cerca de 50 centímetros de comprimento não desapareça, o Programa Tatu-Bola tem priorizado ações de educação ambiental, pesquisas sobre a distribuição da espécie e iniciativas de criação de corredores ecológicos e mais unidades de conservação.
O combate à caça também é considerado de sua importância para a preservação da espécie. Em sete anos de realização do programa, a Associação Caatinga conseguiu garantir a criação do Parque Estadual do Cânion do Rio Poti e a elaboração do Plano de Ação Nacional de Conservação do Tatu-Bola.
Agora a meta é viabilizar o Centro de Pesquisa e Conservação do Tatu-Bola, que deve ajudar em atividades de pesquisa e geração de conhecimento sobre a espécie. Para a viabilização do projeto, a associação criou uma campanha de financiamento coletivo no Kickante para arrecadar R$ 100 mil.
Saiba mais
Seu nome científico é Tolypeutes tricinctus e é encontrado, especificamente, na Caatinga e em algumas áreas de Cerrado do país. É o menor entre as 11 espécies de tatus que são encontradas no Brasil e a única endêmica do país. Entretanto, é uma das espécies menos conhecidas e com poucos estudos científicos sobre a sua distribuição atual, histórica, ecológica e reprodução.
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