O trabalho de proteção de tartarugas de uma equipe de biólogos na região de Mamirauá, no Estado do Amazonas, fez com que o número de nascimentos desta espécie aumentasse de 11500, em 2010, para mais de 42 mil, em 2011.
As espécies mais comuns no Amazonas são as tartarugas-da-amazónia (Podocnemis expansa), tracajás (P. unifilis) e iaçás (P. sextuberculata), no entanto as tartarugas-da-amazónia estavam a decrescer de forma dramática, por isso o projeto Aquavert (do Instituto de Desenvolvimento Sustentável de Mamirauá) conseguiu aumentar, no espaço de um ano, a população de tartarugas em 265%. A iniciativa de proteção dos ninhos integra biólogos e também a comunidade local. Desde 1850 que a reprodução das tartarugas vinha sendo afetada pela caça, já que a carne e ovos de tartaruga são muito consumidos na região.
A área abrangida por este projeto de preservação extende-se por 10 000 km2, o equivalente a sete vezes o tamanho da cidade do Rio de Janeiro e inclui esforços da equipa para proteger as ninhadas e conter a caça de exemplares, colocando brigadas nas praias. Segundo os especialistas, no caso da tartaruga-da-amazónia, está em causa salvar uma espécie ameaçada, bem como reverter o processo de extinção deste animal naquele ponto geográfico.
A persistência da caça é o maior entrave para os grupos de investigação e comunitários que tentam preservar esta espécie, mas a ação está a correr bem e pretendem alargá-la a outros locais onde é necessária.
Fonte: Tvnet