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População de animais da China caiu pela metade nos últimos 40 anos

14 de novembro de 2015
2 min. de leitura
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Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais

Foto: Xinhua
Foto: Xinhua

A população de animais vertebrados terrestres da China, que inclui aves, mamíferos, anfíbios e répteis, diminuiu quase pela metade nos últimos 40 anos. Os dados foram revelados em um relatório publicado pela World Wildlife Fund (WWF) e do Conselho Chinês para a Cooperação Internacional sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento na última quinta-feira (13).

De acordo com o relatório “Living Planet Report, China 2015”, apesar da China ainda ter uma biodiversidade rica, o país sofreu uma das maiores perdas de biodiversidade a nível global. As informações são da Xinhua News Agency.

Os dados foram coletados a partir de populações diferentes de 1.385 animais, representando 405 espécies de aves, mamíferos, anfíbios e répteis, entre 1970 e 2010. A pesquisa relevou que o número de vertebrados terrestres diminuiu 49,7 por cento, sendo que anfíbios e répteis tiveram um declínio de 97,44 por cento.

Fragmentação do habitat, perda de habitat, alterações climáticas, invasão de espécies exóticas, poluição e doenças são as principais causas da diminuição.

No entanto, as populações de aves residentes da China manteve-se relativamente estável durante o período, com um aumento de 43 por cento na virada do século graças a um crescente número de reservas naturais e às leis de proteção e regulamentação.

O relatório também apontou que a pegada ecológica per capita do país, uma medida de demanda humana por recursos naturais, estava duas vezes acima da capacidade da China em 2010.

Isso significa que o país era “incapaz de fornecer recursos e serviços renováveis ​​suficientes para a população chinesa”, explicou Li Lin, diretor do programa executivo da WWF China.

“Se todos no planeta tivessem a mesma pegada ecológica que um chinês médio, precisaríamos de aproximadamente 1,3 planetas Terra para suportar nossas exigências da natureza”, acrescentou.

De acordo com o relatório, o déficit ecológico já impactou o meio ambiente, causando degradação florestal, seca, erosão dos solos, escassez de água, aumento de dióxido de carbono e perda de biodiversidade.

“A pegada ecológica irá fornecer aos líderes chineses uma referência ambiental na elaboração de políticas”, afirmou Mathis Wackernagel, presidente e co-fundador da Global Footprint Network.

“Living Planet Report, China 2015” é o quarto relatório focado na demanda do país pela natureza. O primeiro foi lançado em 2008.

“Os indicadores apresentados neste relatório irão nos ajudar a compreender melhor a saúde do meio ambiente e do ecossistema da China, nosso impacto sobre ela, e possíveis implicações”, disse Marco Lambertini, diretor-geral do WWF Internacional.

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