Por Robson Fernando de Souza (da Redação)
Uma pônei fêmea que teve o pelo pintado de rosa está sendo explorada como objeto de exibição na 36ª Expointer, no município de Esteio (RS), na região metropolitana de Porto Alegre. Chamada Grinalda da Terra, foi tingida com uma tinta também usada em cães da raça poodle.
O veterinário Gustavo Terra, proprietário do Haras Terra, de Tupanciretã (RS), foi o responsável por pintar a pequena equina. “Todo mundo que passa, adora. Temos o apelo de mostrar às pessoas que o pônei é um animal dócil, que pode ser domesticado. É um brinquedo vivo (sic), qualquer criança pode ter um – afirmou ele do alto de seu especismo objetificador de animais. Segundo ele, pôneis são explorados como iniciação à montaria em crianças, de modo que tomem “gosto pelos animais”.
A presidenta da Comissão de Ética e Bem-Estar Animal do Conselho de Medicina Veterinária do RS, Ceres Faraco, reprovou o tingimento do pelo da fêmea. “Temos a preocupação de preservar os animais da forma como eles são, reconhecê-los e respeitá-los dessa maneira. A gente tenta impedir que as pessoas olhem o animal de uma outra maneira além de suas características”, disse ela.
De fato não se espera nada de bom de exposições que exploram animais e os tratam como objetos, como a Expointer. É nesse tipo de evento que os defensores animais abolicionistas precisam se fazer presentes para protestar contra a escravidão animal.
