Dois meses se passaram desde que o pombo equipado com bateria e carregador de celular atados ao corpo foi abatido por tiro de chumbinho em Porto Alegre (RS). A a polícia suspeita que o bicho tenha sido baleado enquanto tentava ingressar no Presídio Central. Hoje, recuperado dos ferimentos, passa por fisioterapia e pode ganhar um lar nos próximos dias.
A ave está sob os cuidados do veterinário Marcelo Alievi, no Hospital de Clínicas Veterinárias da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Alievi diz que o pombo já está apto para receber alta e espera apenas que o possível dono seja encontrado.
“Ela está fazendo fisioterapia para recuperar o movimento das asas. Temos uma pessoa interessada na adoção e estamos tentando localizá-la.” O veterinário explica ainda que não tem certeza sobre a capacidade de voo do animal e conta que, agora, o destino da avé será um viveiro ou uma gaiola.
“Não é comum criar pombo em casa, mas também não há nada que impeça. É preciso ter alguns cuidados de higiene, como uso de máscara e luvas na hora de manusear com os dejetos do animal, pois eles são potenciais carregadores de doenças. Isto porque, em geral, os pombos podem transmitir doenças por fungos e bactérias.”
A história do pombo contraventor
A suposição da polícia é de que a ave se deslocava para o Presídio Central quando acabou derrubada, caindo no terreno do 4º Regimento de Polícia Montada (4º RPMon). A Brigada Militar suspeita que a ave estaria transportando o equipamento para algum detento.
Outro pombo foi apreendido, no início de agosto, em frente ao presídio, após ter sido largado por uma pessoa que estava em um veículo — dessa vez, sem qualquer material acoplado ao corpo. Ele também está no Hospital Veterinário. Não tem qualquer lesão e segue disponível para adoção, assim como seu companheiro mais famoso, conta Alievi.
Fonte: Zero Hora