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Poluição plástica não se resume a sacolas e embalagens

20 de novembro de 2019
3 min. de leitura
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Ao contrário do que muita gente pensa, plásticos não estão apenas naqueles produtos óbvios em que o reconhecemos ao primeiro olhar (Foto: Noel Guevara/Greenpeace)

Ao contrário do que muita gente pensa, plásticos não estão apenas naqueles produtos óbvios em que o reconhecemos ao primeiro olhar. E quando se fala em poluição plástica, ainda hoje se associa principalmente e rapidamente com sacolas, garrafas e outros tipos de embalagens. Mas será mesmo que a poluição plástica se resume a isso?

Não. Nem todo plástico é visível a olho nu e estão inseridos em nosso cotidiano muito mais do que imaginamos. Enquanto microplásticos são qualquer peça de plástico com menos de cinco milímetros de tamanho, as microesferas medem menos de um milímetro. Ainda menores, os nanoplásticos são tão pequenos que podem atravessar a pele humana.

Entre os produtos que contêm polímeros plásticos estão desodorantes, xampus, condicionadores, sabonetes líquidos, batons, tinturas de cabelo, cremes de barbear, protetores solares, repelentes, cremes antirrugas, hidratantes, sprays para o cabelo, máscaras faciais, produtos para cuidados de bebês, sombras para os olhos, rímel e outros. Em alguns casos, esses produtos são feitos com mais de 90% de plástico.

Os ingredientes plásticos são predominantes nos produtos de higiene e beleza porque são utilizados para condicionamento da pele, esfoliação, abrasão, brilho, polimento de dentes, regulação de viscosidade, emulsificação, entre outras características.

O microplástico destes produtos pode facilmente descer pelo ralo e, por ser muito pequeno, passa pela filtragem de águas residuais e chega aos rios e mares. Como não é biodegradável, atrai toxinas e bactérias ao chegar no mar. Desta maneira, pode ser comido por peixes, anfíbios, insetos, larvas e animais marinhos, provocando o bloqueio do trato digestivo do animal ou entrando na cadeia alimentar, voltando para o consumo humano. O impacto dos microplásticos na saúde humana ainda não é totalmente conhecido.

“A presença de lixo plástico e de microplásticos no ambiente marinho é um problema sério e de preocupação global crescente”, diz Heidi Savelli-Soderberg, que trabalha para o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) em questões relacionadas ao lixo marinho. “Precisamos de uma resposta global urgente, com uma abordagem do ciclo de vida do produto”.

Entre as dicas para diminuir o consumo de microplásticos estão o uso do aplicativo Beat the Microbead (em inglês), que ajuda a descobrir se o produto contém este material. Acesse o link para maiores informações aqui. www.beatthemicrobead.org

Outras alternativas são exigir produtos e materiais sem plástico e trocar para outro tipo de embalagem sempre que possível.


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