
Um grupo de cientistas que estuda casos de mortalidades incomuns de animais marinhos afirma que mais de 540 peixes-boi morreram apenas este ano na costa da Flórida. Uma das principais linhas teóricas é que a poluição e o aumento da temperatura oceânica ocasionou a proliferação de algas tóxicas, o que resultou na redução de ervas marinhas, que são o principal alimento da espécie. Além da fome, os animais também sofrem com a pesca e caça.
Os especialistas acreditam que até o fim do ano, pelo menos 2.100 peixes-boi podem estar mortos. No entanto, as previsões podem ser revertidas com a aplicação de trabalhos ambientais para garantir a preservação e sobrevivência dos animais. Muitos dos peixes-boi encontrados sem vida estavam debilitados e doentes. As algas tóxicas, além de envenenar os animais, também deixam o habitat em condição inóspita e causam desequilíbrio em toda a fauna da região.
Patrick Rose, biólogo aquático e diretor executivo do Save the Manatee Club, evidencia que será preciso um grande esforço para proteger a espécie que já é vulnerável. “Mesmo que estejam encontrando forragem agora, os peixes-boi já estão tão fracos que podem não ser capazes de passar da quase fome para uma condição saudável enquanto têm que nadar longas distâncias para encontrar comida”, disse o cientista.
A representante da Defenders of Wildlife, Elizabeth Neville, aponta que é inevitável despender investimentos para proteger as espécies ameaçadas. A atenção precisa ser constante. “Devemos manter fortes proteções para as espécies enquanto trabalhamos para restaurar e proteger a água quente e o habitat de forrageamento antes que isso aconteça novamente”, salientou a ativista.