A situação da poluição do ar atingiu um estágio crítico nesta 2a feira (18/11) na Índia. O governo da capital, Nova Delhi, declarou emergência e fechou escolas em virtude das altas concentrações de poluentes tóxicos. Leituras feitas pela IQAir indicaram que a metrópole indiana registrou níveis de poluição mais de 30 vezes superiores ao patamar considerado seguro para a vida humana.
A principal preocupação é com os efeitos da poluição na saúde pública. Além do fechamento de escolas, as autoridades de Nova Delhi pediram que as pessoas ficassem em suas casas e não se deslocassem enquanto a situação persistir para evitar exposição adicional à poluição.
Como o Guardian destacou, isso é um problema para famílias mais pobres, que dependem muitas vezes de trabalhos ao ar livre (e, logo, expostos à poluição) ou de empregos longe de suas casas para subsistir em uma das economias mais desiguais do planeta.
“Quando chego ao meu local de trabalho, já estou exausta devido à poluição. Sinto falta de ar e há uma sensação de queimação nos meus olhos e nariz. A casa em que trabalho tem um purificador de ar. Eu queria comprar um para meus filhos, mas isso custa três meses de meu salário”, disse Shagun Devi, empregada doméstica em Nova Delhi.
O quadro não se resume à Nova Delhi. O smog que assola a capital indiana cobre boa parte do norte do país, além do Paquistão, onde o governo também proibiu a maioria dos eventos ao ar livre e cancelou as atividades nas escolas.
Essa região sofre com poluição atmosférica severa ao final do outono, quando os fazendeiros queimam a palha que sobrou de suas colheitas de arroz para abrir espaço para novos plantios. No entanto, os índices de poluição registrados nas últimas semanas superam os piores registros históricos para o período, assinalou o NY Times.
Fonte: ClimaInfo
