Principal sítio de reintrodução do Projeto Peixe Boi Marinho, o Recinto de Readaptação do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Aquáticos (CMA), no Rio Tatuamunha, em Porto de Pedras, está ameaçado pela contaminação das águas.
Em entrevista à Gazeta de Alagoas, a chefe do CMA – órgão ligado ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Fábia Luna, revelou ontem que o projeto já estuda a retirada do cativeiro do Tatuamunha para outro rio no Litoral Norte que reúna melhores condições de habitat da espécie de mamífero aquático mais ameaçado de extinção no Brasil.
“É preocupante”, enfatizou Fábia, durante a soltura, na manhã de ontem, de mais três animais no recinto de readaptação no Rio Tatuamunha, considerado o Santuário do Peixe-Boi Marinho. “A gente já começou até a estudar outros rios aqui na região porque os coliformes fecais podem afetar a saúde dos peixes-boi. Estamos vendo uma forma de minimizar esse problema, com a prefeitura e os órgãos de governo e também procurando, infelizmente, outro local para levar os animais caso isso não seja resolvido”, completou a chefe do CMA.
Tatuamunha ganha mais 3 animais
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), por meio do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Aquáticos (CMA), promoveu a soltura de mais três peixes-boi marinhos no recinto de adaptação da espécie no Rio Tatuamunha, em Porto de Pedras. A operação de translocação dos animais durou cerca de oito horas, mobilizando mais de 40 profissionais do Projeto Peixe Boi Marinho (CMA/ICMBio).
Os animais denominados de Fontinho, 3 anos, Pintado, 3, e Sereno, 7, estavam no oceanário da base do CMA na ilha de Itamaracá (PE). Os dois primeiros foram resgatados e reabilitados pelo Projeto; já o terceiro nasceu em cativeiro e suspeitava-se ser híbrido (cruzamento de peixe-boi marinho com a espécie amazônica). O animal estava há seis anos em observação na base do CMA de Pernambuco.
Fonte: Gazeta de Alagoas