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MAUS-TRATOS

Polícia realiza operação em parque safari após denúncias sobre leões famintos e tigre morto

West Coast Game Park Safari, atração popular que tem mais de 450 animais, é acusado de múltiplas violações.

16 de maio de 2025
Cy Neff
2 min. de leitura
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Viaturas da polícia no safári na quinta-feira. Foto: Polícia estadual do Oregon.

Um tigre morto deixado em um freezer por meses. Leões e leopardos famintos. Animais morrendo sem atendimento veterinário. Um único funcionário em tempo integral alimentando mais de 300 animais. Segundo a polícia e relatórios de inspeção do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), essa é a situação no West Coast Game Park Safari, no estado do Oregon.

A polícia estadual cumpriu vários mandados de busca na propriedade, localizada no sul do Oregon, na quinta-feira, como parte de uma investigação criminal “prolongada”. O parque é uma atração regional, com mais de 450 animais de 75 espécies, e está em funcionamento desde 1969. Relatórios recentes do USDA apontam violações constantes.

Um relatório de inspeção do USDA sobre saúde animal e vegetal, datado de 18 de março, citou nove violações específicas, das quais sete eram reincidentes.

As preocupações variavam desde o manejo dos animais e a segurança dos visitantes — “não há um funcionário da instalação facilmente identificável presente em áreas do zoológico onde entre 50 e 100 ovelhas, cabras, lhamas e cervos circulam livremente, têm contato com o público e são alimentados por ele” — até os cuidados veterinários — “uma leoa idosa, um leão idoso e um leopardo-negro africano foram observados com perda de massa muscular, com quadris, costelas e coluna visivelmente salientes sob a pele”.

Um relatório do USDA de 1º de abril encontrou quatro violações reincidentes, incluindo cercas de altura inadequada para animais perigosos, fezes de roedores na comida dos animais, e a constatação de que os mesmos felinos citados duas semanas antes ainda não haviam sido examinados por um veterinário da instalação.

Violações de anos anteriores incluem permitir que visitantes acariciassem um jaguar e um urso de grande porte — o que representa risco ao público —, além de um caso de mutilação e morte acidental de um urso durante uma tentativa de matar outro.

A investigação está em andamento e envolve oito agências estaduais. Nenhuma acusação criminal foi formalizada até o momento. Mais informações devem ser divulgadas na sexta-feira, e a polícia orienta os visitantes a evitarem o local.

Traduzido de The Guardian.

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