Policiais da Delegacia de Defraudações e Falsificações de João Pessoa – DDF prenderam, nesse fim de semana, Mayra Margot de Araújo Moura, 27 anos, suspeita de uso indevido de registro do Conselho de Medicina Veterinária – CRMV e o marido dela, o vendedor André Felipe Martins Vanderlei Lins, 27 anos, suspeito de fabricar receituários e guias de atendimentos utilizados pela falsa médica durante suas consultas.
Mayra usava as mídias sociais para divulgar o trabalho de veterinária e se apresentava como uma pessoa engajada em serviços voluntários e sociais ligados à defesa dos animais domésticos, o que sensibilizava os clientes, que a procuravam para a realização dos procedimentos.
Mas a falta de conhecimentos técnicos levou a morte de alguns animais. Desconfiados, os clientes procuraram referências sobre o trabalho de Mayra e descobriram que ela não era veterinária, estava usando o registro de outra profissional paraibana para exercer a função de forma ilegal.
A falsa veterinária começou a ser investigada na segunda-feira (30), quando foi denunciada na Delegacia de Defraudações e Falsificações pela médica veterinária dona do CRMV que Mayra estava usando de forma ilegal.

“Após a confirmação do crime, a DDF passou a monitorar a suspeita nas redes sociais, descobrindo que ela tinha marcado uma consulta hoje em uma residência no bairro de Tambauzinho. Ficamos esperando e depois que a falsa veterinária e o marido realizaram o procedimento os políciais abordaram os dois”, disse o delegado titular de Defraudações e Falsificações, Lucas Sá, responsável pelas investigações.
Na hora da prisão, André Felipe tentou fugir, mas foi alcançado pelos políciais. Com os dois foram encontrados receituário médico veterinário utilizado na consulta e medicamentos. Os suspeitos foram autuados em flagrante por estelionato e falsa identidade. Além disso, eles também vão ser investigados por maus-tratos contra animais domésticos. “Vamos concentrar os trabalhos agora na denúncia de que os suspeitos adotavam animais domésticos para usar como cobaias em seus procedimentos que eram realizados de maneira criminosa”, concluiu Lucas Sá.
Depois de ouvidos, André Felipe foi conduzido para o Presídio do Roger e Mayra para o Presídio Feminino Bom Pastor.
Fonte: Política Cedo