Por Natalia Cesana (da Redação)
A polícia de West Yorkshire pediu desculpas a uma ativista em defesa dos direitos animais depois de divulgar um vídeo no YouTube em que é acusada por um policial de ter ligações com grupos terroritas. As informações são do Daily Mail.
A ativista Ali Firth, de 49 anos, estava filmando do lado de fora de um pet shop com sua própria câmera quando um policial ordenou que ela parasse. Ali se recusou e o policial ameaçou confiscar o equipamento com base na Lei Antiterrorista, alegando que ela fazia parte de um grupo conhecido por ter ligações terroristas. Tudo foi filmado.
Ali ficou tão chateada com o incidente que postou o vídeo no YouTube – o material já foi visto por mais de 5 mil pessoas.
“Eu estava filmando o prédio do pet shop Dogs 4 Us. Não queria pegar os policiais, mas eles caminharam na minha frente e começaram a me pedir para parar com a gravação”, recorda-se. “Nunca ouvi algo parecido em 30 anos de ativismo animal. Foi ridículo.”
Ao se recusar a interromper a filmagem, Ali argumentou que estava em um espaço público e que não estava infrigindo nenhuma lei.
Ali também pediu para o policial explicar que conexões com grupos terroristas seriam essas, mas ele apenas disse que isso “violaria a proteção dos dados”.
No dia 29 de janeiro, a ativista viajou de Horncastle, na Inglaterra, onde mora, até West Yorkshire para participar de um protesto em frente a pet shop Dogs 4 Us. O grupo em defesa dos animais do qual ela faz parte protesta ao menos uma vez por mês em frente à loja e normalmente as ações são filmadas.
Os cidadãos não precisam de autorização para filmar ou fotografar em lugares públicos e a polícia não pode impedir – a menos que seja uma ameaça terrorista.
De acordo com a Lei Antiterrorismo, é crime publicar uma fotografia de um policial, pois pode ser uma forma de cometer ou preparar um ato terrorista.
Um porta-voz da polícia de West Yorkshire informou que uma carta de desculpas foi emitida. “Analisamos as circunstâncias do incidente e conversamos com os oficiais envolvidos. É importante notar que nenhuma câmera foi confiscada e que a polícia de West Yorkshire tem um excelente histórico em facilitar protestos pacíficos, equilibrando os direitos dos manifestantes com os de particulares e empresas.”