Considerada crime desde 1998, a farra do boi ainda é uma prática comum em algumas cidades de Santa Catarina no período que antecede a Páscoa. Neste ano, a Polícia Militar (PM) quer intensificar as ações de combate a essa prática. A té o próximo dia 18 deve ser concluído o plano de prevenção e represssão que já começou a ser elaborado nesta semana.
Na quarta-feira houve uma reunião no Comando Geral da Polícia Militar para traçar as estratégias a serem adotadas. O tenente-coronel Giovanni Cardoso Pacheco adianta que o combate será feito de duas formas.
Na área preventiva, Ministério Público e Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) devem atuar junto com a PM em palestras nas escolas, especialmente nos municípios onde há maior incidência da prática, entre Florianópolis e Navegantes.
Também deve ser realizado um mapeamento dos locais onde são armazenados os bois para a farra. Com a Cidasc identificando essas áreas é possível fazer a interdição delas no período de farra do boi.
O controle de circulação de animais também será mais rígido nesta época. Por isso, deve aumentar o rigor na expedição das Vias de Trânsito Animal. Em parceria com as polícias rodoviárias, devem ser montadas barreiras em estradas para verificar o transporte ilegal.
Em caráter repressivo a principal ação deste ano será a contratação de caminhões e laçadores para fazer o transporte do animal, quando constatada a farra. Essa alternativa não existia e deve ser uma parceria entre polícia, Cidasc e Secretarias de Desenvolvimento Regional de Florianópolis e Itajaí.
“Tínhamos sempre um grande problema nesse sentido, porque o policial militar chegava ao local da ocorrência e não tinha o que fazer com o boi, ele não cabe na viatura tampouco o policial é treinado para laçá-lo”, explica o tenente-coronel Pacheco.
Como a operação deve iniciar oficialmente perto do dia 20 de março, coincide com o fim da Operação Veraneio, segundo o tenente-coronel. Assim, será possível enviar efetivo para as áreas mais críticas, como Governador Celso Ramos e Florianópolis, onde ocorrem 90% das farras do boi no Estado.
Fonte: Diário Catarinense