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Polícia investiga suposto sequestro de cadela por ONG

25 de novembro de 2013
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(Foto: Divulgação)
(Foto: Divulgação)

A Polícia Civil de São Caetano abriu inquérito para investigar um caso que vem mexendo com a cidade nos últimos dias: o sequestro de uma cadela SRD de 9 meses de dentro da casa de um jovem de 19 anos, no bairro São José.

O que mais espanta as autoridades são os autores do suposto crime: integrantes de uma ONG (Organização Não Governamental) que cuida de animais.

O caso aconteceu no dia 16. Uma semana após adotar o animal, o autônomo David Ferreira Guilherme procurou a Delegacia Sede da cidade para registrar a ocorrência. A alegação é que três pessoas invadiram sua residência, distraíram sua tia e levaram a pequena Sophie enquanto ele trabalhava.

“As protetoras ligavam de madrugada para ele. Não procede a denúncia. A cadela era bem cuidada, perfumada, foi vacinada”, disse a advogada Crisciani Halumi Funaki, amiga do tutor e que vem ajudando judicialmente no caso.

Abalado, David está tomando remédios para depressão, principalmente após sua foto ter sido divulgada em uma página da ONG na internet acusando-o de maltratar animais. “Até o ameaçaram de morte”, afirmou Crisciani.

A ONG acusada pelo jovem é a Cidadania Animal, que constantemente faz feiras de adoção na cidade. Foi numa delas que David adotou a cadela.

Segundo seu presidente, o comerciante Ubiratan Ribeiro Figueiredo, 64, colaboradores da instituição flagraram a situação de abandono. “O animal estava em um lugar de dois metros quadrados, com tela de amianto, no meio de seus dejetos, sem água e comida.”

Uma das dúvidas dos investigadores é o fato de os ativistas não terem solicitado auxílio policial para entrar na residência. Figueiredo alega que a própria familiar do rapaz devolveu a cadela. “Assinamos um termo no qual a ONG continua responsável pelo animal. Não é necessário auxílio policial para o resgate”, disse.

O presidente da ONG endossa a sua posição, citando como exemplo o caso do Instituto Royal, em São Roque, no interior de São Paulo, que foi invadido por manifestantes para libertar animais que  sofriam maus-tratos durante testes. “É a mesma coisa aqui, tudo na porrada. Ninguém vai aguentar maus-tratos. Se eu ver, pulo o muro e tomo mesmo o cachorro”, disse Ubiratan, que há 40 anos é militante das causas animais.

“Se a cadela estava debilitada, como dizem, por que eles a colocaram para adoção de novo imediatamente?”, questiona Crisciane, que espera solução criminal para o caso.

Fonte: Diário do ABC

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