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Polícia investiga documentos sobre testes em cachorros

24 de outubro de 2013
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"Nesse arquivo há informações sobre as reações dos animais [após serem submetidos a testes]", afirmou Pontes. (Foto: Reprodução)
“Nesse arquivo há informações sobre as reações dos animais [após serem submetidos a testes]”, afirmou Pontes. (Foto: Reprodução)
A Polícia Civil vai investigar o teor de documentos que indicariam resultados dos testes realizados em cães da raça Beagle no Instituto Royal, em São Roque (66 km de São Paulo).

Eles apontam que em um dos testes, após tomar comprimidos, alguns animais vomitaram e tiveram tremores na cabeça. Na sexta-feira passada, o laboratório foi invadido por ativistas, que levaram do local 178 cachorros usados em experimentos.

Segundo o delegado-titular de São Roque, Marcelo Sampaio Pontes, os documentos, em um arquivo para computador, foram retirados do instituto pelos ativistas.

“Nesse arquivo há informações sobre as reações dos animais [após serem submetidos a testes]”, afirmou.

Eles também indicariam como os animais eram mortos.

O coordenador do Concea (Coordenador do Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal), órgão ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, Marcelo Marcos Morales, disse que “reações inesperadas”, como vômitos e convulsões, podem ocorrer em testes de medicamentos em animais.

“Se não ocorresse nada disso, o teste não seria feito em animal”, diz Morales.

Segundo ele, a eutanásia de animais é permitida no Brasil.

Resposta

O Instituto Royal afirmou ontem, por meio de nota, que “lamenta a divulgação não autorizada de estudos científicos feitos de acordo com todas as normas técnicas e legislação vigente no Brasil”.

O laboratório disse ainda que “não se responsabiliza” pela divulgação dos relatórios e que espera que as informações sejam mantidas em sigilo e devolvidas à instituição.

Ainda de acordo com o Instituto Royal, os responsáveis pela divulgação estão sujeitos às penas previstas em lei.

Em notas anteriores, a instituição tem afirmado que os cães não sofriam maus-tratos e que todos os testes realizados em seus laboratórios seguiam as regulamentações nacionais.

Fonte: Correio do Povo

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