Eles apontam que em um dos testes, após tomar comprimidos, alguns animais vomitaram e tiveram tremores na cabeça. Na sexta-feira passada, o laboratório foi invadido por ativistas, que levaram do local 178 cachorros usados em experimentos.
Segundo o delegado-titular de São Roque, Marcelo Sampaio Pontes, os documentos, em um arquivo para computador, foram retirados do instituto pelos ativistas.
“Nesse arquivo há informações sobre as reações dos animais [após serem submetidos a testes]”, afirmou.
Eles também indicariam como os animais eram mortos.
O coordenador do Concea (Coordenador do Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal), órgão ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, Marcelo Marcos Morales, disse que “reações inesperadas”, como vômitos e convulsões, podem ocorrer em testes de medicamentos em animais.
“Se não ocorresse nada disso, o teste não seria feito em animal”, diz Morales.
Segundo ele, a eutanásia de animais é permitida no Brasil.
Resposta
O Instituto Royal afirmou ontem, por meio de nota, que “lamenta a divulgação não autorizada de estudos científicos feitos de acordo com todas as normas técnicas e legislação vigente no Brasil”.
O laboratório disse ainda que “não se responsabiliza” pela divulgação dos relatórios e que espera que as informações sejam mantidas em sigilo e devolvidas à instituição.
Ainda de acordo com o Instituto Royal, os responsáveis pela divulgação estão sujeitos às penas previstas em lei.
Em notas anteriores, a instituição tem afirmado que os cães não sofriam maus-tratos e que todos os testes realizados em seus laboratórios seguiam as regulamentações nacionais.
Fonte: Correio do Povo