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Polícia invade festa onde animais eram torturados até à morte

14 de julho de 2015
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Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Um sítio, conhecido como Recanto dos Moreira, foi alvo de uma ação policial envolvendo várias guarnições na noite desse sábado (11), no Bairro Petrópolis em Timóteo-MG.
A reportagem do PLOX acompanhou os militares, que constataram que o local era usado como um clube clandestino para promover brigas de galo.
A atividade ilegal expõe os animais a sessões de tortura. No local, muitas aves, algumas já agonizando, foram resgatadas.
Os militares destacaram a grande estrutura montada. Três rinhas serviam de palco, onde os galos eram colocados para se digladiarem até à morte.
Cadeiras em volta garantiam o conforto dos “expectadores” que gritavam euforicamente quando um galo não resistia. A algazarra foi ouvida por vizinhos do sítio que acionaram a Polícia Militar.
Uma balança para pesagem das aves antes de serem colocadas para brigar foi apreendida. Esporas e bicos artificiais eram colocados nos galos para aumentar a agressividade. Mulheres preparavam a comida que era servida aos participantes. Muitos não conseguiram fugir e sete homens foram presos. Em seguida, eles foram levados para a Delegacia Regional de Polícia Civil em Ipatinga e entregues aos cuidados do delegado de plantão.
Segundo a PM, Mauro Teixeira Coelho, morador do Bairro Bethânia em Ipatinga, seria o organizador do clube clandestino.
Em conversa com a reportagem do PLOX, o homem admitiu a autoria. Ele se negou a dar mais detalhes sobre o esquema e os valores envolvidos nas apostas.
Logo que avistaram a Polícia entrando no sítio, muitos participantes fugiram para um matagal que fica ao lado. Um estacionamento abrigava uma grande quantidade de carros com placas de várias cidades da região. De longe, no meio do matagal, muitos aguardaram a saída dos policiais para voltarem e retiraram seus veículos do local.
O tenente Gonçalves, responsável pela operação, que incluiu militares do Meio Ambiente, explicou os detalhes da ocorrência. Ele informou que a atividade, que maltrata e tortura animais, é punida com prisão dos autores e multa.
O cabo Neto apresentou todas as instalações do sítio, adaptado para promover as brigas de galo.
Ele se mostrou estarrecido com o estado e a grande quantidade de aves torturadas. “A grande quantidade de caixas de papelão deixa claro que existiam muito mais aves do que as que foram apreendidas”, disse. Os militares acreditam que muitas aves, já mortas, foram jogadas no mato, antes da Polícia entrar nas instalações.
“A gente ainda pode ver que alguns participantes trouxeram os filhos, ainda crianças, para assistirem a uma covardia dessas”, afirmou um policial durante a prisão dos envolvidos.
Fonte: PLOX

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