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Polícia identifica suspeito de golpear cão com golpes de facão em Assis (SP)

17 de julho de 2015
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Polícia investiga caso de maus-tratos em Assis (Foto: Guilherme Lopes / TV TEM)
Polícia investiga caso de maus-tratos em Assis (Foto: Guilherme Lopes / TV TEM)

A polícia identificou um dos suspeitos de golpear um cachorro de rua com um facão em Assis (SP), depois de ouvir depoimentos de moradores do bairro onde ele costumava ficar. “O suspeito vai ser notificado para ser ouvido. E juntado o laudo com as lesões provocadas no animal e o termo circunstanciado será encaminhado ao poder judiciário”, afirma o delegado Luiz Antônio Ramão. A pena para este crime é de de três meses a um ano de detenção.
O cão foi atacado com golpes de facão na Vila Ribeiro, na madrugada de terça-feira (14), mas só foi encontrado quase dez horas depois muito machucado e com parte dos órgãos expostos. O animal foi atingido no tórax e no pescoço.
O cão foi encaminhado a uma ONG protetora de animais e vai ficar sob os cuidados médicos. Ele passou por uma cirurgia de quatro horas para reconstruir parte do pulmão e da costela, segundo o veterinário Márcio Martins. “Foi um trabalho difícil. Tivemos que fazer transfusão de sangue, temíamos pela morte do animal pela forma como chegou. Anêmico, fraco, debilitado. Contivemos a hemorragia e fizemos o procedimento cirúrgico. O que salvou ele foi que ele é um animal muito forte”, explica. Foram mais de 60 pontos.
O Negão, como é conhecido pelos moradores do bairro, vive na rua. Mas, apesar de não ter uma casa, era tratado todos os dias pela moradora Heliane de Souza Freire Barbosa, que faz trabalhos como protetora de animais. Da última vez que ela foi tratar do cachorro, descobriu o que tinha acontecido com ele e registrou boletim de ocorrência.
“Venho todos os dias para tratar dos animais e não achei o Negão. Fiquei sabendo que ele estava internado porque levou vários golpes de facão. Isso é um crime, não pode ficar impune. Ele é dócil e não merecia este tratamento, ele comia ração na minha mão”, afirma.
A polícia investiga o caso. A associação protetora dos animais de Assis está acompanhando o caso. “É uma barbaridade o que aconteceu. Não é um caso isolado. Infelizmente quase diariamente nós temos denúncia de maus-tratos a animais. A lei é branda, não existe pena para maus-tratos, apenas o pagamento de uma cesta básica. A gente espera que mude essa lei”, diz o presidente da associação Lincoln Carvalho.
Fonte: G1

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