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Polícia Florestal ocupará área de Caxias para acabar com tráfico de animais

24 de agosto de 2015
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 Cartazes indicam a proibição de compra e venda de animais silvestres Foto:  Reprodução
Cartazes indicam a proibição de compra e venda de animais silvestres
Foto: Reprodução

Será uma espécie de UPP Verde. O Comando de Policiamento Ambiental (Cpam) iniciou no último domingo a ocupação permanente da Feira de Animais de Duque de Caxias, no bairro 25 de Agosto. Associada ao tráfico de animais silvestres e alvo de muitas denúncias e resgates nas últimas três décadas, agora a feira contará com a presença de 30 policiais, fardados e à paisana, das 6h às 17h, todo domingo.
“Sempre fazemos operações por lá, resgatamos animais, mas a verdade é que, pouco depois, recomeça a venda. Agora teremos uma ação mais eficaz”, admite o comandante do Cpam, coronel André Luis Vidal, que também agirá com a panfletagem de folhetos e banners educativos. Ele explica que a intenção é coibir o ímpeto de comércio e reduzir o número final de resgates. De janeiro a junho deste ano já foram 332 aves, quatro mamíferos e 41 répteis, apenas em Caxias. Quando se fala em todo o estado, os números aumentam para 1.500 animais.
Centro fechado
O grande problema, de acordo com o comandante, é o fechamento do Centro de Triagem do Ibama, inativo desde o ano passado por causa de custos. Hoje, as espécies apreendidas são transportadas para a cidade de Lorena, no interior de São Paulo.
“Até o ano passado, tínhamos uma dinâmica que funcionava melhor. Hoje, temos que transportar esses animais, o que consome tempo e gera custos. Trabalhamos basicamente em cima de denúncias. Infelizmente, esse ano teremos um número final menor do que o do ano passado”, disse.
O flagrante do comércio de animais silvestres presos em situação irregular pode gerar multa de até R$ 500 por espécime e condenação de até um ano de prisão. “Prendemos, mas muitas pessoas sequer pagam as multas e, em condenação, têm a pena revertida em outras medidas”, explica o comandante.
Mortes no caminho
Um dos principais problemas enfrentados pelos agentes atualmente é que o traslado até Lorena gera, segundo o comandante, a morte de 5% dos animais apreendidos. “O verão está chegando e, até o momento, não temos veículo apropriado para transportar os animais”, reclama. Entre os campeões de resgate estão as aves.
Coleiros, canários-da-terra, trinca-ferros e curiós são vendidos por R$ 1.500, em média. Mamíferos como macacos e bichos-preguiça chegam a R$ 5 mil.
Uma vez acolhidos, são avaliados por uma equipe de veterinários do Cpam e só depois são levados para Lorena, onde são incluídos no projeto de readaptação e devolução à vida silvestre.
Entretanto, existem aqueles animais que são imediatamente devolvidos à natureza. “Muitos pássaros são recolhidos em estado ainda selvagem, poucas horas após serem capturados. Quando o veterinário avalia que a soltura é medida mais indicada, fazemos logo”, acrescenta o comandante.
Fonte: O Dia

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