A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) fechou um matadouro clandestino em uma fazenda na cidade de Guarani. Corpos de animais estavam enterrados em covas e despejados sobre vegetações e rios, inclusive em áreas de preservação ambiental permanente.
O local foi encontrado na terça-feira (18) graças a investigações de cavalos e bois levados levados de propriedades rurais por criminosos. No matadouro, cavalos, éguas, burros, bois e porcos eram mortos.
Além do descarte dos corpos ter sido realizado em desacordo com a legislação ambiental e sanitária, os responsáveis pelo matadouro comercializavam a carne dos animais em condições impróprias para o consumo, colocando a vida das pessoas em risco.
Os clientes dos açougues abastecidos pelo matadouro também eram enganados. Isso porque a carne de cavalos, éguas e burros era vendida como se fosse de boi.
A operação de fechamento do estabelecimento foi realizada pela Polícia Militar do Meio Ambiente em parceria com o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). Três funcionários foram interrogados e os depoimentos serão usados na investigação. O proprietário da fazenda é procurado pela polícia.
O delegado José Luiz Quintão informou que os próximos passos das investigações incluem a identificação dos açougues que recebiam as carnes fornecidas pelo matadouro. A polícia pretende descobrir também de onde vinham os animais para saber se foram sequestrados de seus tutores e flagrar outros matadouros clandestinos.
As pessoas envolvidas no caso poderão responder pelos crimes de maus-tratos a animais, ausência de licenciamento ambiental, poluição ambiental e furto e roubo de animais. Somadas, as penas passam de 15 anos de prisão.