Policiais federais prenderam no início da noite de sexta-feira (3) um português suspeito de integrar uma quadrilha de traficantes internacionais de animais silvestres.
Segundo a assessoria da PF, o português já tinha mandado de prisão preventiva contra ele, expedido pela Vara Federal de São João de Meriti.
Ainda, de acordo com a assessoria, ele negociou várias vezes a compra e a troca de animais com um outro suspeito, da República Tcheca, preso no dia 11 do mês passado durante a Operação Oxossi.
De acordo com a PF, as investigações demonstraram que o preso, que residia na cidade do Porto, em Portugal, possuía uma grande variedade de animais silvestres para comerciar no mercado clandestino europeu.
A Operação Oxossi foi realizada março e mobilizou 450 policiais federais para cumprir 102 mandados de prisão e 140 mandados de busca e apreensão nos estados do Pará, Maranhão, Sergipe, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro, além de mandados de prisão contra cidadãos de Portugal, Suíça e Republica Tcheca.
De acordo com a rádio TSF, de Lisboa, tem crescido nos últimos anos o número de portugueses que têm comprado um animal exótico para ter em casa. Estão na moda as cobras, iguanas, tarântulas e escorpiões, mas o que mais preocupa as autoridades lusas é o crescente interesse pelas tartarugas.
Segundo João Loureiro, coordenador da unidade que fiscaliza a Convenção Sobre as especies em Perigo, do Instituto de Conservação da Natureza, entrevistado pela TSF, Portugal está a servir de porta de entrada para o tráfico de aves vindas de África e sobretudo do Brasil.
Até ao ano 2000, o tráfico incidia sobre espécimes vivos, mas desde então o que se trafica são ovos, sendo que cada um pode valer entre 10 mil a 15 mil euros, de acordo com a mesma fonte. No entanto, nos últimos seis anos, Portugal registrou apenas três casos deste tipo de tráfico.
Fonte: Portugal Digital