Suspeitos de um articulado esquema de tráfico internacional de animais silvestres foram alvos de operação da Polícia Federal nesta terça-feira (09/07). Os dois homens foram capturados nas cidades de Florianópolis e Rodeio, no Vale do Itajaí.
Além dos dois mandados de prisão, foram cumpridos outros seis de busca e apreensão, nos municípios de Angelina, Rodeio, Jaraguá do Sul e também na Capital catarinense.
Suspeitos de tráfico internacional de animais começaram a ser investigados em 2022
Desde que o monitoramento dos suspeitos começou, a Polícia Federal identificou um sofisticado esquema para comercializar, ilegalmente, as aves. As espécies eram levadas do Brasil para Argentina e Uruguai, e trazidas desses países para o estado de Santa Catarina.
“Identificou-se núcleos integrantes dessa organização criminosa, responsável pela logística, o translado dos animais por meio do Rio Uruguai, ou da fronteira seca. Também havia meio de transporte por caminhões para que esses animais fossem levados para o Sul, Sudeste e também Cone Sul”, explica a delegada da Polícia Federal, Anelise Wollinger Koerich.
Esquema de aluguel de veículos para despistar a Polícia
Os suspeitos viajavam com certa frequência para a fronteira e utilizavam carros alugados para transportar os pássaros, de diversas espécies. Um deles já havia sido abordado diversas vezes em rodovias no sul do Brasil.
“Um dos investigados, o principal deles, já tinha sido flagrado mais de 7 vezes, formalmente, com animais nas rodovias. Assinou termo circunstanciado, sem maiores consequências”, destaca a delegada.
Na casa dos suspeitos, foram apreendidas gaiolas, ferramentas e armas de airsoft. Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Federal de Florianópolis, que também determinou a apreensão de veículos.
Pena pode ultrapassar 8 anos de reclusão
Segundo a Polícia Federal, os suspeitos serão indiciados por crimes contra o meio ambiente, receptação qualificada e envolvimento em organização criminosa voltada ao tráfico de animais. As penas são superiores a 8 anos de prisão.
Fonte: ND Mais