Policiais da 93ª DP (Volta Redonda) estouraram, no início da madrugada desta sexta-feira, uma das maiores rinhas de galo do estado do Rio, que funcionava em um galpão de aproximadamente 300 metros quadrados na Avenida Antônio de Almeida, na Praça do Comércio, no bairro do Retiro, em Volta Redonda. Foram encontrados 115 galos de briga e duas arenas onde ocorriam as lutas entre os animais. O local foi interditado.
Segundo a polícia, o dono do galpão é o empresário no ramo de distribuição de bebidas, Antônio Donizete Silva, o Toninho, que não foi localizado. Ele teria viajado para São Paulo. No local estava apenas o funcionário Alvino Rodrigues, de 54 anos, que disse receber R$ 500 mensais para dormir no estabelecimento e cuidar dos animais.
Técnicos do Ibama devem estipular uma multa em mais de R$ 100 mil. Muitos animais estavam machucados e outros cegos. Foram encontrados ainda mais de 60 fêmeas matrizes e pintinhos que são criados e preparados para também galos de briga.
Os policiais recolheram também anabolizantes, remédios veterinários, seringas, piqueiros (pequenas lanças) de aço e esporas para lutas e treinamento dos galos. De acordo com o delegado Michel Floroschk, galos usados em competições eram vendidos por uma fortuna.
“O local é denominado como Clube de Luta do Brasil, onde cada proprietário e patrocinadores dos galos pagam uma taxa, para que seu animal fique ali para ser tratado e treinado para as lutas. Agora, é identificar e prender os outros sócios”, disse o delegado, que informou ainda que as apostas variavam de R$ 100 a R$ 10 mil.
O empresário foi indiciado no artigo 32 da Lei 9.605/98 (Leis de crimes ambientais) por praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir e mutilar animais. Ele também responderá por formação de quadrilha.
Fonte: O Globo