A Polícia Ambiental de Araraquara (SP) apreendeu 129 pássaros silvestres que estavam em 11 casas na cidade de Dobrada, vizinha a Matão, na terça-feira (6). Todos os moradores foram autuados por manter os aves sem autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O valor total da multa é de R$ 139 mil.
Entre os pássaros apreendidos há curió, azulão e patativa chorona, todos ameaçados de extinção. Segundo a polícia, algumas das aves estavam com os anilhos adulterados, o que é crime ambiental.
Além dos pássaros ameaçados, foram encontradas outras espécies como canário-da-terra, bigodinho e tico-tico-rei. Os pássaros serão avaliados e, aqueles que tiverem condições, serão soltos em uma reserva da região. Os demais serão levados para abrigos.
Casos em alta
O número de apreensões de animais silvestres pela Polícia Militar Ambiental (PMA) aumentou 22,4% na região de São Carlos (SP). No primeiro semestre do ano passado, foram 774 apreensões. De janeiro a julho deste ano, 948 animais foram apreendidos.
Muitas vezes, as apreensões são motivadas por denúncias. Os animais apreendidos não costumam ser levados para os zoológicos, a não ser que estejam com a saúde muito frágil e necessitem de atendimento de emergência para que depois sejam encaminhados para centros autorizados pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente.
Caçador preso no ES
Por volta das 21h desta terça-feira (06), uma equipe da Polícia Militar Ambiental do Espirito Santo deslocou-se ao município de Sooretama na área da Reserva Biológica daquele município, a fim de verificar denúncia de uma possível atuação de caçadores naquela Unidade de Conservação Ambiental.
Os policiais ambientais suspeitaram da presença de caçadores devido a alguns rastros na entrada da mata com a vegetação levemente revirada, montaram então uma campana e após várias horas, já no início da madrugada, lograram êxito em surpreender um indivíduo saindo da mata portando uma espingarda calibre 36 entre outros apetrechos utilizados para prática de caça, como munição de calibre restrito, rede, embornal e corda.
Devido à rápida ação dos policiais o suspeito, um homem de 54 anos, não esboçou reação e confessou que estava caçando, mas alegou que era a primeira vez que praticava tal atividade. A lei de crimes ambientais prevê que é crime adentrar em Unidades de Conservação portando instrumentos e apetrechos destinados à prática de caça.
A Reserva Biológica de Sooretama está localizada em área sob jurisdição da União e por isso, a apuração de crimes naquele local é de competência da Polícia Federal. O abordado apresentou documento de registro da arma que estava vencido, e assim junto com os materiais apreendidos foi encaminhado para a delegacia de Polícia Federal por infringência ao Artigo 16, combinado com o artigo 14 da Lei 10.826/03 pelo porte de arma e munição de calibre restrito e, ainda, pelo artigo 52 da Lei 9.605/98, pela penetração em Unidade de Conservação portando apetrechos destinados à prática de caça.
Com informações de G1 e Assessoria PMA ES