O inquérito policial que investigava os possíveis maus-tratos contra a cadelinha Mel foi encerrado esta semana. De acordo com a delegada titular da Decat (Delegacia Especializada de Repressão de Crimes Ambientais e Proteção ao Turista), Suzimar Batistela, depoimentos de testemunhas e laudos médicos comprovaram que a lesão na coluna do animal ocorreu por conta de um acidente.
“A conclusão a que nós chegamos é de que o rapaz acusado pelo irmão não agrediu a Mel. O depoimento dele entrou em contradição na segunda vez que em que ele foi intimado e também descobrimos que o acusado cuida de outros animais, inclusive um que é surdo e outro que foi atropelado”, explica a delegada.
Segundo a delegada Batistela, testemunhas disseram que o acusado tem cuidado com os seus animais e inclusive os leva frequentemente ao pet shop. “No momento em que saía com o seu veículo, um deles atropelou acidentalmente o animal e por isso ninguém será indiciado”, afirma a delegada.
Por parte da clínica onde Mel se encontra, a veterinária Ana Lúcia Salviato explica que são poucas as probabilidades de ela voltar a andar. Na semana passada, Mel passou por uma mielografia (exame da coluna) e uma cirurgia. “O quadro clínico dela é o mesmo, com pouca probabilidade de voltar a andar. Mas, com o tratamento, a luxação diminuiu e ela está melhorando”, avaliou a veterinária na ocasião.
Caso
Mel foi internada na noite dia 27 de fevereiro e permanece na mesma clínica, na Rui Barbosa, em Campo Grande até o momento. Ela foi levada, segundo a polícia, pelo irmão do acusado, que não deu detalhes sobre o que teria causado a lesão na coluna.
A pena para maus-tratos, segundo a delegada, varia de três meses a um ano de reclusão, podendo ser revertida em prestação de serviços à comunidade.
Fonte: Midiamax