Uma operação apurou denúncias de maus-tratos a animais em Macapá e Santana. A ação faz buscas em nove casas. O serviço começou na Zona Norte da capital e deve continuar até o fim da tarde em mais locais na Zona Sul e em Santana.
A polícia recebeu denúncias de casos de abandono, tortura com correntes, animais com fome e sede e outros de raça que foram escravizados para procriação. Até a publicação desta matéria, ninguém havia sido preso. Uma cadela grávida foi a primeira da operação a ser encontrada em uma casa abandonada.
A Delegacia de Meio Ambiente (Dema), da Polícia Civil do Amapá, é quem comanda a operação, com apoio do Batalhão Ambiental da Polícia Militar, e participação de voluntários das ONGs Amigos dos Animais de Rua (Amar), Anjos Protetores e Salvação, de proteção a cães e gatos vítimas de maus-tratos, que ajudaram com denúncias.
Os suspeitos localizados poderão responder pelo crime de maus-tratos com pena de até 1 ano de prisão, além de pagamento de multas, previsto no artigo 32 da lei de crimes ambientais.
Para a advogada Suelen Penafort, voluntária da ONG Amar, a punição ainda é pequena e, por isso, os crimes continuam acontecendo com normalidade.
“Geralmente a pena é convertida em prestação de serviços à comunidade, ou valores doados para associações para aquisição de ração ou que a gente custeie veterinário, só que esses valores são pequenos porque é um crime ambiental. A população tem que se conscientizar que é um crime, que não é porque ele é de menor potencial ofensivo que ele deixa de ser um crime. E a população não deve cometer esse tipo de crueldade com os animais”, disse Suelen.
Fonte: G1