A Polícia Militar Ambiental apreendeu, na tarde desta quinta-feira (8), oito pássaros que eram mantidos em cativeiro na região de Córrego Rico, no município de Muniz Freire, no Sul do Espírito Santo. Uma denúncia anônima de que os animais de fauna silvestre nativa estavam em cativeiro sem a devida licença de criador fez com que os policiais realizassem a fiscalização. Dois suspeitos foram presos.
No total, foram apreendidos uma cigarrinha, dois coleiros e cinco catatais, este último constado na lista de animais ameaçados de extinção. Também foram encontrados, junto às gaiolas, alçapões que seriam utilizados para apanhar outras aves silvestres.
Segundo a polícia, algumas características mostram que os pássaros foram capturados em data recente, devido ao comportamento bravio.
Um boletim de ocorrência foi entregue à Unidade de Polícia Judiciária de Muniz Freire, e os pássaros foram encaminhados para a sede do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) de Cachoeiro de Itapemirim, também no Sul do Estado.
De acordo com a Polícia Ambiental, a captura de pássaros da espécie catatau com uso de alçapão junto às gaiolas é uma ação comum na região, devido à época em que as sementes de taquara estão maduras, atraindo este tipo de ave. Os pássaros são vendidos para atravessadores, que lucram vendendo a criadores clandestinos, transportando-os em carros particulares ou ônibus em condições precárias para serem vendidos em feiras no Estado do Rio de Janeiro, gerando assim uma rede de tráfico de pássaros silvestres. Mas, muitos não chegam com vida ao seu destino.
A pena prevista para tal crime é de multa e detenção de seis meses a um ano. A multa por manter pássaros em cativeiro sem a devida licença é de R$ 500 por unidade, sendo que no caso de espécie em vias de extinção, o valor chega a R$ 5 mil.
Fonte: G1